Alfabetização e Democracia

Resenha do livro Alfabetizar para a Democracia

Deixo aqui um pequeno resumo da parte 1 deste livro, o Livro está dividido em 3 partes.

Parte 1: a opinião do autor sobre O que é alfabetizar.

No final deste artigo você encontra o título das outras partes do livro.

No Capítulo 1,  José Moraes inicia seu livro traçando um paralelo entre as definições de alfabetismo e literacia.

Em uma definição bem simples, alfabetizar é ensinar a ler e a escrever no sistema alfabético.


É alfabetizado quem sabe ler e compreender um texto simples ou escrever de maneira inteligível o que quer comunicar. Porém, na psicolinguística é alfabetizado quem é capaz de ler e escrever com autonomia.

A definição científica partilhada por muitos pesquisadores em uma definição mais específica, é a aquisição e posse de uma habilidade. Neste ponto ser alfabetizada é ter um nível mínimo de habilidade que permita ler palavras e textos  independentemente da sua familiaridade, mesmo sem compreender o que se lê, e por outro lado escrever qualquer enunciado mesmo sem conhecer o conteúdo do que escreve.
Os níveis hábeis seria aquele que corresponde a ativação automática das representações ortográficas lexicais, atingido no decurso do quarto ano e os níveis básico podem ser atingidos no fim do primeiro ano de instrução.

Literacia

Segundo Moraes, literacia é um termo utilizado em Portugal  e na Espanha  e tal como no francês littératie, adaptado do inglês literacy,  não equivale a alfabetismo por duas razões, porque se pode ser letrado, no sentido de saber ler e escrever, e analfabeto, é o caso dos que só adquire o sistema não alfabético de escrita, como o kanji (ideográfico) e os Kana(silabários) no Japão. E também porque literacia pressupõe uma utilização eficiente frequente da leitura e da escrita.


O autor faz uma comparação entre a leitura e a música, entre um leitor e o músico, segundo ele  quem aprendeu a ler e escrever, mas o faz mal ou pouco, não é letrado, tal como não é músico quem aprendeu a tocar um instrumento, mas o faço raramente com esforço.

Sendo assim, a alfabetização abre caminho para a literacia, isto é, abre caminho para a utilização das habilidades de leitura e escrita, atividades que vão além do alfabetismo, são atividades de aquisição, transmissão e, eventualmente, produção de conhecimento.

Para Moraes, a literacia vai além do nível básico do meramente Alfabetizado, de ler e escrever com autonomia, e caracterize os níveis eficientes, aqueles em que lemos e escrevemos automaticamente as palavras da língua, sem termos de construir intencionalmente e sequencialmente o seu reconhecimento. Tal como níveis básico, também os níveis hábeis podem ser avaliados de maneira rigorosa.

O autor distingue a literacia em 4 pontos – a pragmática com fins utilitários; – divertimento; – a de conhecimento, que inclui a científica , e a estética, que compreende a literária.
Estas formas de literacia confrontam-se com exigência de natureza muito diferente do ponto de vista dos processos mentais conscientes (Moraes 2014).

Letramento

Neste livro O autor também fala um pouco sobre o que é letramento, segundo ele esse termo começou a ser utilizado no final da ditadura militar, numa primeira vista parece que o termo corresponde ao mesmo que literacia explicado acima, defende os mesmos interesses, ou seja,  pelo uso prático das habilidades com alguns objetivos.


Letramento é uma maneira mais geral, pode ser entendido como a influência que a cultura escrita tem no desenvolvimento da criança, por meio da exposição frequente de textos e letras, por meio das interações verbais já marcadas pela escrita que ela tem com os outros e por meio das ações intencionais dos pais e dos professores ensinando a tornar acessível a compreensão e domínio do sistema escrito.

Nesse sentido, tal como o termo alfabetização, letramento indica um processo, ao passo que literacia evoca, sobretudo, o estado ou a função que dele resultam.


Letramento difundiu-se na comunidade linguística e educacional como uma intenção ao mesmo tempo mais engajada politicamente e mais sedutora. Ele se refere tão somente ao uso social da leitura e da escrita (Soares 1982), e não contempla, portanto, todas as atividades de leitura e de escrita que são determinadas por necessidades e fins meramente pessoais.

Como se um indivíduo, como ser letrado, não tivesse outra dimensão do que a social. Por ser mais abrangente e atendendo a vantagem de homogeneizar os conceitos, o português europeu não utiliza letramento, mas sim literacia e literacia é o termo que o autor usa nesse livro.



No Capítulo 1 o autor também descreve sobre os modelos de educação, os modelos baseados no modelo cultural, promovido pela pedagogia crítica inspirado por Paulo Freire. Fala sobre o modelo do capital humano, capital humano que se refere ao conjunto de habilidades, qualificações e experiência que influencia a produtividade e o rendimento de dividendos na economia capitalista.


O modelo das capacitações são os modelos dominantes que referem a dignidade humana, não sendo menos ideológicas, mantém a chama consoladora da resistência em nome dos valores humanistas e da sua opinião sobre esses modelos ideológicos.

Faz um breve histórico sobre o alfabeto e os fonemas, sua criação, as origens do alfabeto e bem como surgiu como alfabeto.

Desfaz o mito da superioridade do alfabeto, de que a escrita alfabética é superior ao outros tipos de escrita.

Não nascemos todos com os mesmos direito: Efeito Mateus

No capítulo 2 o autor ressalta que não nascemos todos com os mesmos direito, segundo ele o direito de adquirir e praticar a literacia é um direito frágil, depende do direito do desenvolvimento das capacidades cognitivas, que dependem do direito à saúde e do direito a frequentar uma escola de boa qualidade, os quais dependem o direito de nascer numa família que vê satisfeitos os seus próprios direitos ao trabalho e a remuneração justa. Os direito não se encontram em condições distintas, entretecem relações, e as infrações em uma ponta tem efeito em outras.

Segundo estudo citado pelo o autor do livro o status socioeconômico baixo limita o aproveitamento das potencialidades genéticas, ao contrário do status socioeconômico alto.
Segundo autor pela falta de literacia, pode-se viver pior e viver menos. O estresse crônico associado a um status socioeconômico inferior conduz ao declínio mais rápido do funcionamento fisiológico, influenciado pelo envelhecimento celular.

Estes riscos e as diferenças podem ser diminuídos por meio de uma pré-alfabetização bem feita,  a estimulação precoce pelos pais entre os 3 e os 5 anos de idade, investimento em saúde, investimentos durante a gravidez e, a melhoria das condições das Crianças, se dê desde muito cedo durante a gestação.


O autor conclui que com base nas provas disponíveis pode-se afirmar que o ambiente familiar é a variável que melhor prediz as habilidades cognitivo-linguísticas, insiste que as famílias que não cultivam as habilidades precoce, colocam desde cedo as crianças em condições desfavorecidas. E quando essas crianças são inseridas na escola o efeito do status socioeconômico é muito forte.

O nível Educacional da mãe e o rendimento familiar influenciam as habilidades de linguagem oral medidas no último ano da pré-escola, que por sua vez influencia o resultado em leitura e matemática durante o segundo ao quarto ano de escola.


O autor também fala sobre a importância de se ter pais leitores, que o hábito da leitura diária na família e a cultura de se ter uma biblioteca em casa e vários livros disponíveis no alcance da criança, que a quantidades de livros que a família tem em casa está relacionado com o sucesso no aprendizado.

Neste capítulo o autor também fala sobre o status socioeconômico e a inter-relação entre linguagem, matemática e capacidades cognitivas, como a aprendizagem da linguagem e da Matemática estão inter-relacionados, o sucesso de um depende o sucesso em outro.

Como o status socioeconômico, o meio  sócio cultural influencia na tomada de consciência fonológica avaliado na pré-escola e é muito mais avançada em crianças de status socioeconômico alto do que em crianças de status socioeconômico baixo e os reflexos desses fatores nas capacidades de leitura e escrita.

O autor ressalta que é importante, é necessário, na pré-escola, incentivar atividades que estimulem a tomada da consciência fonológica em todas as crianças, além de um programa de sensibilização e formação junto às famílias de status socioeconômico baixo, essas atividades de consciência fonológica, em especial  a consciência fonêmica, tende a diminuir as diferenças entre crianças de  status socioeconômico baixo em relação a crianças de status socioeconômico alto.


Aqui o autor faz referência sobre o efeito Mateus no desenvolvimento das habilidades da literacia, referência feita a uma parábola da bíblia a respeito dos ricos e dos pobres, os melhores progridem mais e os piores menos, de maneira que o atraso desses em relação aos melhores aumenta.

Efeito Mateus: os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, ou seja, quem vem de um meio sócio-cultural mais elevado tende a ter melhor desempenho do que os que vem status socioeconômico  baixo tende a ter menor desenvolvimento da literacia .

Como se lê e como se aprende a ler

No Capítulo 3  o autor descreve como se lê e como se aprende a ler.

Relata a definição do que é leitura, baseado em estudos científicos. Sobre o jargão “ ler é compreender” ele discorre sobre as relações pedagógicas entre os  métodos globais tais como Whole-Word aprocha, o construtivismo, o método funcional e os métodos fônicos, descreve sobre a  fala e os componentes da leitura.

Sobre o leitor hábil

Neste parágrafo o autor levanta alguns questionamentos e apresenta provas científicas.

Como se aprende a ler? Como você passa de analfabeto, alfabetizado e letrado? Quais  as condições que devem ser satisfeitas?

A primeira condição  é a compreensão do princípio alfabético, o princípio da correspondência entre fonemas e grafemas. A tomada automática  de consciência dos fonemas não é espontânea, a criança aprendiz de leitor não descobre o princípio alfabético por mera exposição ao material escrito.


O autor fala sobre o que o professor tem que saber para fazer o aluno compreender o princípio alfabético e que cada letra está associado a um ou mais de um valor fonológico.


Nesta Edição publicada em nosso país   o autor reservou um capítulo especial para o Brasil. Capítulo este que ele  chama de Alfabetizar no Brasil, relata a situação do alfabetismo e da literacia no Brasil, o analfabetismo completo e o analfabetismo funcional.

Aqui é onde entra os números, o qual me inspirou o título para esta resenha.

Segundo os dados do INAF – Indicador de Analfabetismo Funcional em 2011, além de 6% de analfabetos, 21% da população é constituída por alfabetizados rudimentares e 47% de pessoas que não foram além da alfabetização básica. Assim, parece que só 26% dos brasileiros, aproximadamente 1 em 4, teriam atingido um grau de alfabetização que permitiria qualificá-los  como bons leitores. Isto é, leitores que leem automaticamente, sem a necessidade de decodificar.

Em São Paulo, segundo os dados do Saresp – Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo, a proporção de alunos com desempenho insuficiente em língua portuguesa – por exemplo escrever sem respeitar as correspondência do nosso código ortográfico – no final do segundo e terceiro anos era, em 2011,  perto de cinco vezes maior nas escolas públicas do que nas privadas, ou seja, nas escolas do povo do que naquelas que são frequentados quase exclusivamente pelas crianças status socioeconômica elevado.

Nesse capítulo especial sobre o Brasil o autor fala também sobre o Pisa e os resultados ridículos que o Brasil obteve e vem obtendo desde a sua primeira edição, sempre na cauda do pelotão.

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa- PNAIC

O ator faz fortes críticas sobre o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa- PNAIC, o qual o Ministério da Educação – MEC chamou de “idade certa” de se alfabetizar, aos 8 anos de idade, sendo que em escolas particulares, no Brasil, muitas crianças dentro do primeiro ano dominam as funções do código ortográfico da língua e a maioria está alfabetizada no fim deste ano.

Nesse mesmo Capítulo o autor também usa um subtítulo que chamou muito minha atenção: “Ensinar a ler no Brasil: o caminho errado” – neste  o autor afirma que não há, em absoluto, idade certa ou errada para alfabetizar, mas, sem dúvida alguma, há caminhos errados e caminhos certos.

Segundo o autor por mais de uma 15 anos, o caminho adotado pelo MEC, e que já passou por vários governos e várias cores políticas, este tem se sucedido e faz parte dos caminhos errados.

Segundo o autor, os Parâmetros Curriculares Nacionais PCNs adotam uma concepção da aprendizagem do ensino da língua escrita que é coerente com a doutrina anglo-saxônica chamada Whole Language, que ficou conhecido no Brasil por construtivismo e tem apoio na teoria veiculada no livro A Psicogênese da Língua escrita, de Ferreiro e Teberosky (1986). As críticas do autor sobre as teorias e o PCN usado no Brasil, o que ele chama de “A falsificação da história” pois ignora completamente o conhecimento científico que desde os anos de 1970 davam claramente outro caminho e que se consolidou nos anos de 1980 (Temos aqui mais de 30 anos de atrasos na alfabetização).

Uma outra afirmação que me chamou muita atenção, muito taxativa e que pode incomodar os ânimos mais exaltados:

“O construtivismo brasileiro na educação tornou-se possível porque ele soberbamente desprezou informações sobre o conhecimento científico.”

“Será intencional, será ignorância de que existe um vasto corpo de conhecimento sobre aprendizagem da leitura e da escrita? Porque o MEC só conhece meia dúzia de autores, e todos construtivistas, que por sua vez não conhecem mais ninguém.”

O autor explica que, essencialmente, as pesquisas construtivistas e as pesquisas da psicologia da neurociências cognitivas se diferem no ponto de vista metodológico, as primeiras utilizam a observação de comportamentos individuais guiadas por hipóteses e procuram a confirmação dessas hipóteses. A segunda utiliza sobretudo situações experimentais, perguntas, geralmente comparando grupos submetidos a tratamentos diferentes, mas que são semelhantes em relação a todas as outras variáveis que se suspeita poderem influenciar os resultados, enfim, os resultado obtido são objeto de análise estatística rigorosos e as exigências para sua publicação são muitos fortes.

Não deveriam os responsáveis pela política de alfabetização no Brasil informar-se da fonte sobre a metodologia e resultados das muitas pesquisas pertinentes para alfabetização infantil, ou , visto que elas são demasiado numerosas, reunir os mais prestigiados cientista do domínio para escutá-los? Até quando os níveis brasileiros do Pisa em leitura deverão manter-se tão baixos para que haja, enfim, uma mudança de política que leve em conta as evidências científicas?

Aprender a ler no Brasil: caminho certo

Neste o autor fala sobre o caminho certo a ser seguido e mostra o caminho para o sucesso na alfabetização, apoiado por dados científicos, mostra o caminho a ser percorrido e apresenta outros países que continuam cometendo os mesmos erros que o Brasil.


Bem, sem mais delongas paro minha resenha por aqui.

Este livro é de grande importância, todo agente envolvido em políticas públicas, em especial em educação deveria ler este livro.

Quem quiser ler mais e conhecer mais detalhes sobre esse livro acesse o link abaixo.
Livro Alfabetizar para a Democracia 

http://acesse.vc/v2/29112d91bc

É alfabetizando no espírito da Democracia, como se estivéssemos em regime democrático, que se pode contribuir pela alfabetização para construir a democracia. (José Moraes)

Sumário do Livro

Introdução

PARTE I – O que é alfabetizar

Capítulo 1. Alfabetismo e literacia

Capítulo 2. Muito aquém da alfabetização

Capítulo 3. Como se lê e como se aprende a ler

Capítulo 4. Alfabetizar no Brasil

PARTE II – O que é a democracia

Capítulo 5. Democracia e pseudodemocracia

Capítulo 6. A liberdade

Capítulo 7. A igualdade

Capítulo 8. Falsos amigos, falsas democracias

PARTE III – Criar letrados, criar democratas

Capítulo 9. Ideias sobre a educação

Capítulo 10. Perspectivas de ação

Capítulo 11. Por favor, desenha-me um futuro

Sobre o autor do livro

José Morais Doutor em ciências psicológicas pela Universidade Livre de Bruxelas (ULB), Doutor honoris causa pela Universidade de Lisboa, e Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique em razão das suas contribuições para o conhecimento, em particular no domínio da leitura e da literacia. Foi presidente do Comitê das Ciências Psicológicas da Academia Real da Bélgica e membro do Observatório Nacional da Leitura (França). Atualmente é professor emérito da ULB e permanece membro ativo do seu Centro de Pesquisa em Cognição e Cérebro (CRCN).

Qual a idade certa para ensinar a ler

Qual a idade certa para ensinar a ler?

Para responder à pergunta primeiramente é preciso entender que aprender a ler e escrever não é um processo tão simples como aprender a falar.

Aprendemos a falar sem a necessidade de instrução, enquanto o aprendizado da leitura e da escrita exige o apoio de um professor, é importante entender que a aquisição da linguagem falada é um processo natural e espontâneo, que ocorre em um ambiente de imersão linguística e interação social, desde os primeiros meses de vida.

As crianças aprendem a falar observando e imitando os sons e padrões linguísticos de seu ambiente, e recebem feedback constante de seus pais e cuidadores, que reforçam suas tentativas de comunicação. Além disso, o cérebro humano parece ter uma predisposição para a aquisição da linguagem, com áreas específicas do córtex cerebral dedicadas ao processamento da fala e da compreensão da linguagem.

Por outro lado, a leitura e a escrita são habilidades culturais e artificiais, que foram desenvolvidas historicamente pela humanidade e que exigem o aprendizado de um sistema de símbolos e regras convencionais, que não estão presentes no ambiente natural das crianças. Por isso, a alfabetização requer a instrução formal e sistematizada, que envolve a explicitação das regras do sistema alfabético, a prática da decodificação e a compreensão do significado das palavras e dos textos.

Além disso, como mencionado no início da resposta, a comunicação oral envolve um processamento informacional mais complexo do que a comunicação escrita, o que pode explicar por que a alfabetização é um processo mais exigente para o cérebro. No entanto, é importante ressaltar que cada indivíduo possui um ritmo e uma capacidade de aprendizado próprios, e que a instrução adequada e individualizada pode fazer uma grande diferença no sucesso da alfabetização.

O método global

O método global de aprendizado da leitura, que enfatiza a importância do reconhecimento da forma global das palavras em detrimento da instrução fônica, foi desenvolvido a partir das décadas de 1960 e 1970, influenciado pela revolução cognitiva e pelas teorias psicolinguísticas inovadoras da época. Segundo essa hipótese, o cérebro do leitor prestaria atenção à forma inteira da palavra escrita e, ao integrar informações do texto e do contexto, construiria o sentido do texto. A leitura seria, então, como um jogo psicolinguístico de adivinhação.

Essa abordagem didática resultou em uma diminuição dos exercícios de instrução fônica, dando ênfase à exposição das crianças a um ambiente leitor estimulante e às hipóteses formuladas pelas próprias crianças sobre o funcionamento do sistema de escrita. Houve ainda a valorização do conhecimento linguístico que a criança trazia de casa, independentemente da variante socio-linguística, em relação aos formalismos da variante de maior prestígio da norma culta.

No entanto, experimentos realizados em salas de aula com crianças de diversos países, línguas e condições sociais, conduzidos por diferentes tipos de professores, desautorizam a produtividade didática dessas hipóteses. As abordagens globais, hoje chamadas ideovisuais, foram abandonadas em favor do conceito de letramento, termo que possui diversas definições.

Atualmente, a intelligentsia educacional universitária brasileira postula o alfabetizar letrando como uma solução para o problema do desempenho de crianças e adolescentes em leitura nos testes nacionais e internacionais. No entanto, as evidências científicas negam suporte empírico à teoria e práticas de ensino de leitura elaboradas e aplicadas no Brasil.

Este método foi amplamente difundido no Brasil a partir da década de 70 e teve muitos defensores, mas também muitos críticos.

Uma das críticas mais comuns é que o método global transforma o aprendizado da leitura em um jogo de adivinhação, em que a criança precisa memorizar palavras inteiras sem entender o que cada letra representa. Isso pode levar a problemas de compreensão de texto e dificuldades de ortografia no futuro.

Além disso, o método global não leva em conta a importância da fonética na alfabetização, ou seja, a correspondência entre as letras e os sons da língua. Aprender a associar cada letra a um som é fundamental para que a criança possa decodificar palavras desconhecidas e compreender o que está lendo.

Por essas razões, muitos especialistas em educação recomendam a utilização de métodos que combinem o reconhecimento visual das palavras com o ensino sistemático da fonética, como o método fônico ou o método fônico-analítico. Dessa forma, a criança pode desenvolver habilidades de leitura e escrita mais sólidas e duradouras.

Aprender a ler não é tão simples assim


Aprender a ler é um processo complexo que envolve a compreensão do código alfabético, onde unidades gráficas representam unidades fonológicas da fala. Esse processo não é transparente e pode ser desafiador tanto para quem ensina quanto para quem aprende.

Para entender o aprendizado inicial da leitura e seus pontos cruciais, é necessário ter conhecimentos em várias áreas, incluindo Física, Psicologia, Matemática, Lingüística e Medicina. Infelizmente, poucos educadores dominam todas essas informações, e muitas vezes a formação universitária de docentes não abrange essas áreas de maneira aprofundada.

Isso cria dificuldades e equívocos, pois os pais confiam seus filhos a profissionais que muitas vezes possuem um nível de desconhecimento comparável ao deles. Além disso, a sociedade em geral não compreende a importância do processamento cerebral de informações sonoras na aprendizagem da leitura.

Ao contrário da comunicação oral, que é altamente produtiva, a escrita exige uma manipulação consciente e mecanizada dos elementos fonológicos. Isso pode sobrecarregar a memória fonológica de trabalho do cérebro, que é um componente do sistema de funções executivas centrais.

No entanto, é importante encontrar um equilíbrio entre a manipulação consciente dos elementos fonológicos na escrita e a capacidade de automatizar e tornar inconsciente essa manipulação para melhorar a produtividade da comunicação escrita.

Aprender a ler é um processo complexo que envolve habilidades cognitivas, linguísticas e sociais. É necessário que a criança desenvolva habilidades fonológicas, ou seja, a capacidade de identificar e manipular os sons da fala. Também é preciso que ela entenda a relação entre os sons da fala e os símbolos gráficos que representam esses sons na escrita.

Além disso, a alfabetização requer a capacidade de decodificar palavras, ou seja, de associar os sons da fala aos símbolos gráficos correspondentes. É importante também que a criança tenha um bom vocabulário e compreensão de texto para que possa fazer inferências e entender o que está sendo lido.

Aprender a ler também é um processo social, que envolve a interação com professores, colegas e familiares. É importante que a criança tenha um ambiente favorável à leitura em casa e na escola, com acesso a livros e materiais de leitura adequados.

Em resumo, aprender a ler é uma tarefa complexa que envolve uma combinação de habilidades cognitivas, linguísticas e sociais. É importante que os métodos de ensino utilizados sejam baseados nas melhores evidências científicas disponíveis e que os professores estejam preparados para identificar e remediar dificuldades de leitura precocemente.

Como a criança se torna um leitor expert?

Aprender a ler é um processo complexo que passa por várias fases. Começa com a condição de analfabeto, depois passa para a condição de leitor iniciante e segue para a condição de leitor hábil, que ainda não é um leitor expert. Ser um leitor expert significa ter uma habilidade completa na leitura e escrita.

O tratamento dos aspectos fonológicos e acústicos da fala, codificados na escrita, é difícil para um leitor iniciante, mas para um leitor hábil, esse processo passa a ser automatizado e inconsciente, assim como na fala. A prática controlada da leitura durante a fase de leitor iniciante recicla as redes neuronais que tratam informações visuais e sonoras, ajudando no processo de aprendizagem.

Nosso cérebro foi projetado para tratar informações visuais e sonoras de forma isolada, mas não dispõe de recursos específicos para tratar informações sonoras portadoras de valor linguístico envelopadas em informações visuais, como ocorre na escrita alfabética. Por isso, o processo de aprendizagem da leitura é tão complexo e exige uma abordagem cuidadosa e especializada por parte dos educadores.

A criança se torna um leitor expert por meio de um processo complexo que envolve diversas habilidades e conhecimentos. Em primeiro lugar, é necessário que a criança desenvolva a consciência fonológica, ou seja, a habilidade de perceber os sons da fala e como eles se relacionam com as letras. Essa habilidade é importante porque permite que a criança compreenda o princípio alfabético, ou seja, que cada letra representa um som da fala.

Além disso, é importante que a criança tenha um amplo vocabulário e conhecimento prévio sobre o mundo ao seu redor, o que facilita a compreensão do que é lido. A habilidade de decodificar palavras, ou seja, ler as letras e uni-las em sons, também é crucial para a aprendizagem da leitura.

Outro fator importante é a fluência na leitura, ou seja, a habilidade de ler rapidamente e com precisão. Essa habilidade é desenvolvida por meio da prática regular da leitura, que permite que a criança se torne mais ágil na identificação das palavras e na compreensão do texto.

Por fim, a compreensão do que é lido é fundamental para que a criança se torne um leitor expert. Isso envolve a habilidade de inferir significados a partir do contexto, fazer conexões com conhecimentos prévios e analisar criticamente o texto.

Portanto, se tornar um leitor expert é um processo que envolve diversas habilidades e conhecimentos, que são desenvolvidos ao longo do tempo e com muita prática e dedicação.

PRÉ- ALFABETIZAÇÃO: princípio alfabético e as regras de decodificação

Para preparar o terreno para a alfabetização, é necessário realizar a pré-alfabetização. A leitura não é uma habilidade natural como a fala, mas também não é algo sobrenatural que pode ser aprendido sem esforço.

Durante a alfabetização, é preciso concentrar-se no ensino explícito e sistemático do princípio alfabético e das regras de decodificação. A compreensão também é importante, mas as atividades de leitura e compreensão precisam ser distintas e separadas didaticamente e cronologicamente. Ensinar a ler e compreender ao mesmo tempo e com os mesmos materiais é ineficaz, de acordo com as melhores evidências disponíveis.

A alfabetização exige o desenvolvimento da linguagem oral e habilidades ligadas ao sistema de funções executivas do cérebro, como o controle inibitório, flexibilidade cognitiva e memória de trabalho.

Em ambos os casos, o foco é a conscientização das unidades fonológicas mínimas das palavras faladas codificadas em palavras escritas, com base nas estruturas psicolinguísticas que envolvem os aspectos fonéticos e fonológicos das mesmas. Isso é alcançado por meio do treino consciente do uso da memória fonológica de trabalho e exige concentração consciente da atenção, além de flexibilidade cognitiva para mudanças de foco na atenção.

Didaticamente, isso envolve o controle corporal, ritmo, desenvolvimento da consciência fonológica, capacidade de manipulação de fonemas (divididos em substituição, adição, inversão e supressão de fonemas) e treino oral com a rememoração de listas de palavras. Isso pode ser considerado a pré-alfabetização.

Qual a idade certa para a alfabetização?

Não há uma idade certa para a alfabetização. Desde que a criança tenha desenvolvido sua linguagem oral e seu sistema executivo central esteja em pleno funcionamento, ela pode ser alfabetizada aos quatro ou cinco anos de idade, dependendo de outros fatores, como a transparência da relação grafema/fonema na língua nativa da criança e a complexidade silábica da língua. Também é importante considerar a motivação da criança para aprender a ler.

O desenvolvimento da linguagem oral é um pré-requisito crucial para a alfabetização, assim como a tomada de consciência das unidades fonológicas mínimas das palavras faladas e sua correspondência com as palavras escritas. Isso exige concentração consciente da atenção e flexibilidade cognitiva para mudanças de foco na atenção.

Os estudos científicos indicam que a experiência linguística das crianças nos primeiros anos de vida tem um papel significativo no desenvolvimento posterior da alfabetização. É importante que as crianças tenham um ambiente rico em linguagem e leitura desde cedo, o que pode ser influenciado pelo grupo socioeconômico da criança.

A pré-alfabetização é uma fase importante na formação do leitor. Nesse estágio, a criança começa a compreender o princípio alfabético e as regras de decodificação da linguagem escrita. Ela deve ser capaz de identificar as letras do alfabeto, diferenciá-las das outras formas gráficas e associá-las aos sons da fala.

Esse processo de reconhecimento das letras e dos sons é fundamental para que a criança possa desenvolver a habilidade de decodificar as palavras escritas e, assim, ler com fluência. A pré-alfabetização é também um momento em que a criança começa a desenvolver a consciência fonológica, isto é, a habilidade de identificar e manipular os sons da fala. Isso é importante porque a leitura é uma habilidade que requer a capacidade de associar os sons da fala às letras e palavras escritas.

Durante a pré-alfabetização, é importante que a criança tenha acesso a materiais ricos em letras e palavras escritas, como livros, cartazes, jogos e atividades que estimulem a sua curiosidade e interesse pela leitura. Os pais e educadores também podem incentivar a criança a explorar o ambiente ao seu redor, apontando e lendo palavras em placas, embalagens e outros objetos do cotidiano.

Ao ajudar a criança a compreender o princípio alfabético e as regras de decodificação, estamos preparando-a para se tornar um leitor expert no futuro. Esse processo requer paciência, dedicação e uma abordagem individualizada, que leve em consideração as habilidades e interesses da criança. Com o tempo e a prática, a criança se tornará cada vez mais habilidosa na leitura e, assim, poderá desfrutar de todo o mundo de possibilidades que a linguagem escrita pode oferecer.

Qual a importância dos pais no aprendizado da leitura?

A experiência linguística proporcionada pelos pais é de extrema importância para o desenvolvimento da criança. 

Um experimento famoso estimou que, no período que vai do nascimento aos quatro anos de vida, as crianças acumulam experiência linguística com 45, 26 e 13 milhões de palavras, dependendo se vivem em famílias de alta, média ou baixa condição socioeconômica, respectivamente. No entanto, o grande problema é que crianças provenientes de famílias com baixo nível socioeconômico apresentam um déficit alarmante de experiência linguística e conhecimento de palavras. 

Esse baixo nível de experiência linguística tem implicações para o desenvolvimento das capacidades de prestar atenção consciente aos aspectos fonológicos da fala, o que é central para aprender a ler. Como resultado, o risco de fracasso na alfabetização é alto nessa população.

A experiência linguística que os pais proporcionam é extremamente importante para o desenvolvimento da criança, principalmente no que diz respeito ao aprendizado da leitura. Os pais podem influenciar positiva ou negativamente nesse processo, dependendo da forma como estimulam e interagem com seus filhos.

Desde os primeiros anos de vida, é fundamental que os pais falem com as crianças, contem histórias, cantem músicas e estimulem o contato com livros e outras formas de leitura. Dessa forma, as crianças vão acumulando vocabulário, compreendendo a estrutura da língua e, consequentemente, desenvolvendo as habilidades necessárias para se tornarem leitores proficientes.

Além disso, os pais também podem incentivar a leitura em casa, disponibilizando livros e revistas adequados à idade da criança e lendo juntos com ela. Isso ajuda a criar um ambiente favorável ao aprendizado e estimula o gosto pela leitura.
Por outro lado, quando os pais não dão importância à leitura ou não interagem com seus filhos de forma adequada, a criança pode não ter contato suficiente com a linguagem escrita e desenvolver dificuldades no processo de alfabetização. Por isso, é importante que os pais estejam conscientes do seu papel no desenvolvimento da leitura dos filhos e busquem sempre incentivá-los e estimulá-los nessa jornada.

O uso excessivo de celulares e outras telas pode interferir na interação entre pais e filhos, reduzindo as oportunidades de diálogo e leitura compartilhada, o que pode afetar o desenvolvimento da linguagem e do interesse pela leitura. Além disso, as distrações proporcionadas pelos dispositivos eletrônicos podem afetar a qualidade do tempo de interação entre pais e filhos, prejudicando o vínculo afetivo e a atenção da criança para com as atividades propostas pelos pais. É importante que os pais estabeleçam limites e regras para o uso de tecnologias em casa e que reservem um tempo de qualidade para interagir com seus filhos, por exemplo, por meio da leitura de histórias e conversas.

Você esperaria até os oito anos para seu filho aprender a ler?

De acordo com a ciência, a experiência linguística fornecida pelos pais é muito importante para o desenvolvimento da alfabetização das crianças. 

Um estudo mostra que, durante os primeiros quatro anos de vida, crianças de famílias de alta, média e baixa condição socioeconômica acumulam experiências linguísticas com 45, 26 e 13 milhões de palavras, respectivamente. 

Infelizmente, crianças provenientes de famílias de baixo nível socioeconômico têm um déficit de experiência linguística e conhecimento de palavras, o que afeta o desenvolvimento de suas habilidades de atenção consciente aos aspectos fonológicos da fala, fundamental para a aprendizagem da leitura. Isso resulta em um alto risco de fracasso na alfabetização para essa população.

Por isso, é importante que as creches e pré-escolas das redes públicas de ensino forneçam uma experiência linguística adequada em quantidade e qualidade para essas crianças, para que possam passar pelo processo de alfabetização sem lutar tanto para quebrar o código alfabético. 

Os professores de alfabetização também devem conhecer os fundamentos teórico-científicos e os procedimentos didáticos e materiais realmente eficazes para garantir a efetividade do processo.

É importante lembrar que a antecipação exagerada da alfabetização não rende muitos frutos, mas adiar o processo aumenta o risco de tropeços na trajetória escolar, especialmente para aqueles com experiência linguística precária e desfavorável.

O PENAIC (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa) é uma política pública brasileira que estabelece como meta a alfabetização de todas as crianças até os oito anos de idade, no final do terceiro ano do ensino fundamental. No entanto, estudos recentes da neurociência mostram que o processo de aquisição da leitura é mais complexo do que se imaginava anteriormente.

A alfabetização é um processo gradual e progressivo que se inicia antes mesmo da criança entrar na escola. É importante que as famílias forneçam experiências linguísticas e estimulem a consciência fonológica das crianças desde cedo. Além disso, a consciência fonológica é uma habilidade fundamental para a aquisição da leitura, que envolve a compreensão de que as palavras são compostas por sons que podem ser manipulados.

O princípio alfabético é outro aspecto fundamental para a aquisição da leitura. As crianças precisam compreender que as letras representam sons específicos e que esses sons podem ser combinados para formar palavras. É importante destacar que a aprendizagem do princípio alfabético deve ocorrer de forma sistemática e explícita, ou seja, ensinando às crianças a relação entre as letras e os sons.

A idade ideal para aprender a ler varia de criança para criança, dependendo do desenvolvimento cognitivo e das habilidades linguísticas individuais. Portanto, fixar uma idade específica para a alfabetização pode ser prejudicial para muitas crianças, especialmente para aquelas que não tiveram uma exposição adequada à linguagem e à consciência fonológica em casa.

Além disso, o uso excessivo de tecnologias, como smartphones e telas, pode prejudicar o processo de aprendizagem da leitura, pois reduz o tempo de interação social e de exposição a experiências linguísticas ricas. O PENAIC também pode ser prejudicado pela falta de investimento em formação de professores e em materiais didáticos de qualidade, que são fundamentais para garantir uma educação de qualidade para todas as crianças.

Em resumo, a aquisição da leitura é um processo complexo que envolve uma série de habilidades cognitivas e linguísticas. O PENAIC pode ser uma meta importante, mas é necessário que a alfabetização ocorra de forma gradual e progressiva, com atenção especial à consciência fonológica e ao princípio alfabético, além de um investimento em formação de professores e materiais didáticos de qualidade.

Propor essa meta para crianças de famílias de baixo nível socioeconômico que já frequentam escola desde os quatro anos é contraproducente, aumentando o risco de mau desempenho e fracasso escolar.

Pais de classe média ou alta certamente não aceitariam essa meta para seus filhos.

Concluindo, não há uma idade certa para ensinar uma criança a ler. Desde que a criança fale e seu sistema executivo central esteja desenvolvido, ela pode ser alfabetizada, o que pode acontecer aos quatro ou cinco anos, dependendo de outros fatores, como o nível de transparência da relação grafema/fonema na escrita da língua nativa da criança e sua motivação para aprender a ler. 

No entanto, é importante lembrar que a experiência linguística propiciada pelos pais é fundamental para o desenvolvimento da habilidade de prestar atenção consciente aos aspectos fonológicos da fala, o que é central para aprender a ler. Portanto, creches e pré-escolas públicas devem dar atenção especial à experiência linguística de crianças de famílias com baixo nível socioeconômico para criar condições favoráveis ao processo de alfabetização. 

Além disso, é importante que a alfabetização siga procedimentos de ensino suportados pelas melhores evidências científicas disponíveis e que os professores alfabetizadores estejam preparados teórica e didaticamente para ensinar eficazmente. 

Em suma, a antecipação exagerada ou tardia da alfabetização pode aumentar o risco de tropeços na trajetória escolar, e é preciso considerar as condições socioeconômicas das famílias e as melhores práticas de ensino para promover o sucesso escolar das crianças.

Descubra a história e a importância deste estilo de escrita.

O que é letra cursiva? Descubra a história e a importância deste estilo de escrita.

A letra cursiva é um estilo de escrita que tem uma longa história e é fundamental para a educação das crianças. Neste artigo, vamos explorar a origem e a sua importância no mundo moderno.

A escrita cursiva é um estilo de escrita que é conhecido por sua elegância e fluidez. Também conhecida como escrita à mão, é uma forma de escrever letras em que as letras são unidas entre si. A letra cursiva é uma habilidade fundamental que as crianças aprendem na escola, e é considerada uma habilidade importante para a vida adulta.

história da letra cursiva

A história da escrita cursiva remonta ao século X, quando os monges medievais desenvolveram um estilo de escrita que era mais rápido e eficiente do que a escrita em blocos que era usada anteriormente. Esse estilo de escrita se espalhou pela Europa e acabou se tornando o estilo padrão de escrita à mão.

Na era moderna, a letra cursiva continua sendo uma habilidade importante. Embora muitos documentos sejam agora digitais, ainda há muitas ocasiões em que a escrita à mão é necessária. Por exemplo, muitas escolas exigem que os alunos escrevam seus exames à mão, e muitas empresas ainda exigem que seus funcionários escrevam relatórios à mão.

Além disso, estudos mostram que a escrita à mão pode ter benefícios para a saúde mental, como melhorar a memória e a criatividade. A letra cursiva também pode ajudar a melhorar a coordenação olho-mão e a destreza.

Embora a escrita cursiva seja importante, ela está se tornando cada vez menos comum em muitas partes do mundo. Muitas escolas estão eliminando o ensino da escrita cursiva em favor de outras habilidades, como digitação. No entanto, é importante lembrar que a letra cursiva tem uma longa história e é fundamental para a educação das crianças.

Em resumo, a letra cursiva é um estilo de escrita que tem uma longa história e é fundamental para a educação das crianças. Embora esteja se tornando menos comum em muitas partes do mundo, ainda é uma habilidade importante para a vida adulta e pode ter benefícios para a saúde mental. Se você não aprendeu a letra cursiva na escola, pode ser uma habilidade valiosa para aprender por conta própria.

Método Cursiva Intensiva

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Consciência fonológica: desenvolvimento e sua importância para o processo de alfabetização

Consciência fonológica é um conjunto de habilidades que envolvem desde a percepção global do tamanho da palavra e semelhanças fonológicas até a segmentação e manipulação de sílabas e fonemas. Ela faz parte do processamento fonológico, que se refere às operações mentais de processamento de informação baseadas na estrutura fonológica da linguagem oral. O desenvolvimento da consciência fonológica é gradual e ocorre à medida que a criança vai tomando consciência do sistema sonoro da língua, ou seja, de palavras, sílabas e fonemas como unidades identificáveis.

Para que a consciência fonêmica se desenvolva, é necessária a introdução formal a um sistema de escrita alfabético, visto que a precedência da consciência suprafonêmica em relação à consciência fonêmica se dá pelo fato de que sílabas isoladas são manifestadas como unidades discretas da fala, enquanto isso não ocorre com os fonemas. Dessa forma, as instruções para o desenvolvimento da habilidade de manipular os sons da fala devem ser realizadas de modo a tornar explícito à criança essas correspondências.

Existem três estratégias básicas para se lidar com a palavra escrita: a logográfica, alfabética e ortográfica. A rota fonológica, que se desenvolve com a estratégia alfabética, é essencial para a leitura e a escrita competentes, pois faz uso de um sistema gerativo que converte a ortografia em fonologia e vice-versa. Isso permite que a criança leia e escreva qualquer palavra nova, apesar de cometer erros em palavras irregulares. A geratividade, característica das ortografias alfabéticas, permite a autoaprendizagem pela criança.

O Relatório Francês “Aprender a Ler” indica que à medida que a criança inicia o processo de aprendizado da leitura por decodificação grafo-fonêmica e passa a encontrar as mesmas palavras escritas, aos poucos vai construindo um léxico mental ortográfico. Desse modo, fica evidente que o desenvolvimento da consciência fonológica é fundamental para o processo de alfabetização e, consequentemente, para o desenvolvimento da habilidade de leitura e escrita.

FAQ – Desenvolvimento da Consciência Fonológica e sua Importância para o Processo de Alfabetização

  1. O que é consciência fonológica? Consciência fonológica é um conjunto de habilidades que envolvem desde a percepção global do tamanho das palavras até a segmentação e manipulação de sílabas e fonemas na linguagem oral.
  2. Qual a importância da consciência fonológica para a alfabetização? A consciência fonológica é um fator determinante para o processo de alfabetização, pois é a partir dela que a criança desenvolve a capacidade de relacionar os sons da fala com as letras escritas e de compreender as regras da ortografia.
  3. Como a consciência fonológica se desenvolve? A consciência fonológica se desenvolve gradualmente à medida que a criança vai tomando consciência do sistema sonoro da língua, ou seja, de palavras, sílabas e fonemas como unidades identificáveis. O desenvolvimento da consciência fonêmica necessita da introdução formal a um sistema de escrita alfabético.
  4. Quais são as estratégias básicas para lidar com a palavra escrita? De acordo com Frith (1985), há três estratégias básicas para lidar com a palavra escrita: logográfica, alfabética e ortográfica.
  5. Qual a importância da rota fonológica para a leitura e escrita competentes? A rota fonológica, que se desenvolve com a estratégia alfabética, é essencial para a leitura e a escrita competentes, pois faz uso de um sistema gerativo que converte a ortografia em fonologia e vice-versa, permitindo à criança ler e escrever qualquer palavra nova.
  6. Como a criança pode aprender de forma autônoma a ler e escrever novas palavras? A geratividade, característica das ortografias alfabéticas, permite a autoaprendizagem pela criança, pois ao encontrar um novo item a criança poderá fazer leitura/escrita por (de)codificação fonológica. Esse processo contribuirá para a criação de uma representação ortográfica do item que posteriormente poderá ser lido pela rota lexical.
  7. Quais as implicações da consciência fonológica para a prática educativa? É fundamental que as instruções para o desenvolvimento da habilidade de manipular os sons da fala e de converter esses sons em escrita e vice-versa sejam realizadas de modo a tornar explícito à criança essas correspondências. Além disso, é importante que os professores conheçam e utilizem estratégias pedagógicas que favoreçam o desenvolvimento da consciência fonológica dos alunos.

 

O Caminho para a Leitura e Escrita de Crianças

Consciência Silábica: O Caminho para a Leitura e Escrita de Crianças

A consciência silábica é uma habilidade importante que as crianças precisam desenvolver para ler e escrever. É a capacidade de reconhecer as partes sonoras das palavras e dividi-las em sílabas. Neste artigo, vamos discutir a importância da consciência silábica e dar exemplos de atividades que podem ajudar as crianças a desenvolver essa habilidade.

Por que a consciência silábica é importante?

A consciência silábica é importante porque ajuda as crianças a identificar as partes sonoras das palavras. Quando as crianças conseguem reconhecer as sílabas nas palavras, elas podem começar a fazer conexões entre as letras e sons. Isso ajuda a desenvolver as habilidades de leitura e escrita.

Por exemplo, se uma criança reconhece que a palavra “gato” é dividida em duas sílabas “ga-to”, ela pode começar a identificar que a letra “g” representa o som “g” e a letra “t” representa o som “t”. Isso ajudará a criança a reconhecer essas letras em outras palavras e, eventualmente, a ler e escrever com mais facilidade.

Atividades para desenvolver a consciência silábica

  1. Contando sílabas: Uma atividade simples para ajudar as crianças a desenvolver sua consciência silábica é contar as sílabas nas palavras. Dê exemplos de palavras de 2 ou 3 sílabas do português, como “gato”, “sapato”, “banana”, “abacaxi”. Peça às crianças que digam quantas sílabas têm cada palavra. Isso ajudará a criança a reconhecer as partes sonoras das palavras.
  2. Jogo de palavras: Crie um jogo em que as crianças precisem encontrar palavras que rimam ou têm o mesmo número de sílabas. Por exemplo, diga uma palavra como “gato” e peça às crianças que encontrem outras palavras que rimem com “gato”, como “rato” ou “ato”. Ou então, diga uma palavra como “banana” e peça às crianças que encontrem outras palavras com o mesmo número de sílabas, como “sapato” ou “maracujá”.
  3. Separação de sílabas: Dê às crianças palavras de duas ou três sílabas e peça que elas as separem em sílabas. Por exemplo, diga a palavra “sapato” e peça às crianças que a separem em “sa-pa-to”. Isso ajudará a criança a reconhecer as partes sonoras das palavras e a relacioná-las às letras.
  4. Jogo de soletração: Peça às crianças que soletram palavras de duas ou três sílabas. Isso ajudará a criança a identificar as letras que representam os sons nas palavras e a fazer conexões entre as letras e os sons.

Conclusão

A consciência silábica é uma habilidade importante que as crianças precisam desenvolver para ler e escrever. É a capacidade de reconhecer as partes sonoras das palavras e dividi-las em sílabas. As atividades apresentadas neste artigo podem ajudar as crianças a desenvolver sua consciência silábica e a fazer conexões entre as letras e os sons. É importante lembrar que a aprendizagem da leitura e escrita é um processo gradual e que cada criança tem seu próprio ritmo. Portanto, é importante ter paciência e oferecer muitas oportunidades para as crianças praticarem suas habilidades de leitura e escrita. Com o tempo e a prática, as crianças vão desenvolver suas habilidades de leitura e escrita e se tornarão leitores e escritores proficientes.

E-book As 7 Etapas Da Leitura Precoce + 7 atividades de Memória Auditiva + Bônus

 

Consciência Silábica: O Caminho para a Leitura

Estas Atividades são complementares ao E-book Leitor Adiantado: 5 Motivos para você ensinar seu Filho a Ler em Casa.

Este arquivo contém 7 Atividades lúdicas para serem aplicadas com crianças da primeira infância.

Bônus:

  • + 5 Atividades De Consciência de Frases e Palavras
  • + 5 Atividades de Rimas
  • + 3 Atividades de Consciência Silábica
  •  + 2 Atividades de Família de Palavras (Fonema Inicial)

A capacidade da criança em ouvir atentamente é fundamental para a aprendizagem do método fônico e para a leitura fluente. Atentar-se aos sons do ambiente e da língua deve-se começar numa idade precoce. O primeiro passo na construção da escuta ativa das crianças é usar jogos e atividades que enfatizam propositadamente a escuta atenta.

IMPORTÂNCIA DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

Consciência fonológica: Importância no processo de alfabetização

A consciência fonológica é uma habilidade crítica para o desenvolvimento da leitura e escrita. Trata-se da capacidade de identificar e manipular as partes do idioma falado, como palavras, sílabas e sons.

Introdução à Consciência Fonológica

Na introdução à Consciência Fonológica”, é preciso apresenta os diferentes níveis de habilidades necessárias para desenvolver essa consciência. Começando pela percepção das palavras, passando pela consciência de rimas e aliterações, até chegar ao nível mais complexo, a consciência fonêmica.

Na percepção das palavras, a criança aprende a identificar e contar quantas palavras há em uma frase. Depois, começa a perceber que algumas palavras têm rimas, ou seja, sons finais iguais, como “sol” e “papel”. Ainda nesse nível, aprende-se sobre aliteração, que são palavras que começam com o mesmo som, como “bolinha” e “bola”.

Em seguida, a criança começa a identificar as sílabas das palavras, começando pelas palavras compostas, como “perna-longa” e “guarda-chuva”. Depois, aprende-se a separar as sílabas de palavras de duas sílabas que não são compostas, como “pato” e “mola”.

Por fim, chega-se à consciência fonêmica, que é a capacidade de identificar os sons individuais das palavras. Isso envolve a habilidade de separar os sons em uma palavra, como as três letras que formam a palavra “sapo”, ou até mesmo alterar um som dentro de uma palavra para formar uma nova palavra, como trocar o /p/ de “pato” pelo /c/ para formar “cato”.

Desenvolver a consciência fonológica é importante porque ajuda as crianças a entenderem como as palavras são formadas e como os sons individuais contribuem para a compreensão de um texto. Isso é especialmente importante para crianças que estão aprendendo a ler e escrever.

Ao entender como a língua funciona, a criança torna-se capaz de decodificar as palavras e construir frases e textos. Essa habilidade é fundamental para o sucesso acadêmico e para a comunicação em geral.

Por isso, é importante que educadores e pais incentivem o desenvolvimento da consciência fonológica desde cedo, com atividades lúdicas e divertidas que envolvam a percepção de palavras, rimas, aliterações, sílabas e sons. Com prática e estímulo, as crianças podem aprimorar essa habilidade e se tornarem leitores e escritores mais proficientes.

Perguntas frequentes

  • Sobre o que é este artigo?

O  artigo é uma apresentação do conceito de consciência fonológica, que é a habilidade de identificar e manipular partes da linguagem falada. O  artigo descreve os subconjuntos da consciência fonológica, começando com o mais simples e avançando para o mais complexo, que é a consciência fonêmica.

  • O que é consciência fonológica?

Consciência fonológica é um termo geral que inclui a identificação e manipulação de partes da linguagem falada. É a habilidade de reconhecer e usar a estrutura sonora da linguagem, como sílabas, rimas e sons individuais.

  • Quais são os subconjuntos da consciência fonológica?

Os subconjuntos da consciência fonológica são consciência de palavra, consciência de rima, aliteração, consciência de sílaba, consciência de rima de onset (palavras que começam com o mesmo som e consciência fonêmica.

  • O que é consciência fonêmica?

Consciência fonêmica é o subconjunto mais complexo da consciência fonológica e refere-se à habilidade de ouvir e identificar sons individuais, ou fonemas, em palavras. É uma habilidade crítica para o processo de leitura, e inclui segmentar, deletar e substituir fonemas em palavras.

  • Por que a consciência fonêmica é importante?

Consciência fonêmica é importante porque é uma habilidade crítica para o processo de leitura. Crianças que têm dificuldades com a consciência fonêmica podem ter dificuldade em ler, escrever e soletrar.

  • Quais são alguns exemplos de habilidades de consciência fonêmica?

Exemplos de habilidades de consciência fonêmica incluem segmentar palavras em sons individuais, deletar ou substituir sons em palavras e fundir sons individuais para formar palavras.

 

  • Quais são alguns termos de vocabulário importantes usados ao ensinar consciência fonológica?

 

Alguns termos de vocabulário importantes usados ao ensinar consciência fonológica incluem sílaba, onset, rima, fonema, segmentação, deleção e substituição.

No link abaixo você encontrará algumas atividade que compilei para você imprimir e aplicar com suas crianças.👇🏻

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IMPORTÂNCIA DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

Livro Consciência Fonológica em Crianças Pequenas - Resenha Meta-descrição: Este livro é um recurso indispensável para ensinar a leitura e a escrita para crianças pequenas, apresentando uma nova forma bem-sucedida de ensino adaptada à nossa realidade e língua. Saiba mais sobre o livro e o autor nesta resenha.

Livro Consciência Fonológica em Crianças Pequenas – Resenha

O Livro Consciência Fonológica em Crianças Pequenas é um recurso educacional indispensável para pais e professores que desejam colocar em prática uma nova forma bem-sucedida de ensino da leitura e escrita para crianças pequenas.

O livro foi totalmente adaptado à nossa realidade e língua, tornando-se uma ferramenta valiosa para aqueles que desejam garantir o sucesso dos seus filhos e alunos.

Os autores do livro são profissionais renomados em suas áreas de atuação. A Dra. Marilyn Jager Adams é pesquisadora principal do National Institute of Child Health and Human Development (NICHD) e tem uma vasta experiência em estudos relacionados ao desenvolvimento da linguagem e da leitura.

Além disso, a Dra. Ingvar Lundberg é professora de psicologia do desenvolvimento e integrou o comitê dirigente da maior pesquisa sobre aquisição de leitura no mundo, incluindo mais de 30 países.

O livro também conta com a participação de outras renomadas profissionais, como a Dra. Barbara R. Foorman, diretora do Center for Academic and Reading Skills na Faculdade de Medicina da Universidade do Texas, em Houston, e a Dra. Letícia de Oliveira, professora assistente no Departamento de Educação Urbana da Universidade de Houston.

Com essas autoridades em alfabetização, o Livro Consciência Fonológica em Crianças Pequenas se torna um guia confiável e indispensável para aqueles que desejam garantir o sucesso na leitura e escrita das crianças pequenas.

O Livro Consciência Fonológica em Crianças Pequenas é um recurso essencial para todos aqueles que buscam ensinar a leitura e a escrita para crianças pequenas de maneira bem-sucedida.

Adaptado à realidade e língua do país, o livro traz informações relevantes sobre a aquisição da linguagem e do desenvolvimento da consciência fonológica.

As autoras possuem vasta experiência na área de educação e pesquisa, tendo contribuído de forma significativa para o avanço da alfabetização infantil.

Além disso, o livro apresenta diversas estratégias e atividades que podem ser utilizadas em sala de aula para promover a aprendizagem da leitura e escrita de forma lúdica e eficiente.

Com linguagem acessível e objetiva, o livro é indicado para professores, pais e todos aqueles que trabalham com crianças pequenas.

Com ele, é possível entender melhor como funciona o processo de aprendizagem da leitura e escrita, e como promover a consciência fonológica nas crianças, tornando-as leitoras proficientes desde cedo.

Sem dúvida, uma leitura obrigatória para quem busca aprimorar suas técnicas de ensino e contribuir para o sucesso educacional das crianças.

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Este livro é um recurso indispensável para ensinar a leitura e a escrita para crianças pequenas, apresentando uma nova forma bem-sucedida de ensino adaptada à nossa realidade e língua. Saiba mais sobre o livro e o autor nesta resenha.
Livro Consciência Fonológica em Crianças Pequenas – Resenha

O que é Consciência Fonológica

A consciência fonológica é uma habilidade importante para o desenvolvimento da leitura e da escrita. Ela ajuda as crianças a identificar os sons das palavras e a compreender como eles se relacionam com as letras. Esta habilidade é importante para o sucesso escolar, pois ajuda as crianças a aprender a ler e a escrever. Além disso, a consciência fonológica também é importante para aprimorar a habilidade de escuta e compreensão da fala.

Os pais e os professores podem ajudar a desenvolver a consciência fonológica das crianças através de atividades lúdicas e jogos de palavras. Por exemplo, as crianças podem jogar jogos de adivinhação de palavras, brincar de descobrir palavras que começam com a mesma letra ou rima com outras palavras. Além disso, os pais e os professores também podem incentivar as crianças a ler livros e escutar histórias, o que ajudará a aprimorar sua compreensão da fala e a identificação de sons.

A consciência fonológica também pode ser desenvolvida através de exercícios específicos, como a identificação de sílabas, rimas e sons das palavras. Estes exercícios ajudam as crianças a identificar os elementos fonológicos das palavras e a compreender como eles se relacionam com as letras. Além disso, estes exercícios também ajudam as crianças a melhorar sua habilidade de escuta e a compreender a fala.

A consciência fonológica também é importante para ajudar as crianças a desenvolver sua ortografia e a escrever corretamente. Quando as crianças compreendem a relação entre os sons e as letras, elas podem aplicar este conhecimento à sua escrita e escrever corretamente. Além disso, a consciência fonológica também ajuda as crianças a identificar erros ortográficos em sua própria escrita e corrigi-los.

Desenvolvimento da Consciência Fonológica na Infância

A consciência fonológica é uma habilidade importante que desempenha um papel fundamental na aprendizagem da leitura e escrita. É a capacidade de reconhecer e manipular sons em nossa fala e na fala de outros.

A consciência fonológica começa a desenvolver-se desde a primeira infância, mas é ao longo dos anos de pré-escola que ela se torna mais evidente e importante. É nesta fase que as crianças começam a compreender a relação entre letras e sons e a perceber as diferenças entre palavras.

Atividades para o Desenvolvimento da Consciência Fonológica

Existem várias atividades que podem ser realizadas para ajudar a desenvolver a consciência fonológica das crianças. Algumas sugestões incluem:

Jogos de rimas: Jogar jogos de rimas é uma ótima maneira de ajudar as crianças a identificar sons semelhantes e a manipulá-los.

Brincar com a fala: Brincar com a fala é outra maneira de ajudar as crianças a compreender a relação entre letras e sons. Por exemplo, pedir às crianças para identificar as primeiras e últimas sílabas de palavras é uma boa maneira de começar.

Jogos de som: Jogos de som, como encontrar palavras que começam ou terminam com o mesmo som, também são uma ótima maneira de ajudar a desenvolver a consciência fonológica.

Leitura de histórias: A leitura de histórias é outra maneira de ajudar as crianças a desenvolver a consciência fonológica. É importante que as crianças escutem atentamente enquanto a história é contada, prestando atenção aos sons das palavras e às rimas.

Atividades de escrita: Atividades de escrita, como escrever cartas ou histórias, também podem ajudar a desenvolver a consciência fonológica. É importante que as crianças aprendam a escrever letras e palavras corretamente e que prestem atenção ao som das palavras enquanto escrevem.

A consciência fonológica é uma habilidade crucial para o desenvolvimento da leitura, escrita e compreensão da fala. É importante que os pais e os professores incentivem as crianças a desenvolver esta habilidade através de atividades lúdicas.

Perguntas Frequentes
O que é consciência fonológica?
R: A consciência fonológica é a capacidade de reconhecer e manipular as unidades de som que compõem as palavras em uma língua.

Por que a consciência fonológica é importante na educação?
R: A consciência fonológica é importante na educação porque ajuda os alunos a identificar e reconhecer as unidades de som das palavras, o que é fundamental para a compreensão e decodificação do texto.

Como desenvolver a consciência fonológica?
R: Existem diversas atividades e exercícios que podem ajudar a desenvolver a consciência fonológica, tais como jogos de memória auditiva, identificação de rimas, separação de sílabas e identificação de sons iniciais e finais.

A chave para ensinar seu filho a ler.

A chave para ensinar seu filho a ler

Antes de ensinar seu filho a ler é preciso entender alguns conceitos.

Quantas vezes você já deve ter ouvido falar sobre fonemas, consciência fonológica, consciência fonêmica ou fonética?

Isso nos causa uma confusão tremenda, não é verdade?

Sobre o que vamos falar neste artigo?

  • Em resumo, vamos dar uma pincelada nos termos referentes à Consciência Fonológica e;
  • Fazer uma análise rápida para tentar entender por que, de acordo com a Avaliação Nacional da Alfabetização-ANA, 56% dos alunos que concluíram a alfabetização não sabem ler.

É vital que você saiba e entenda que a consciência fonológica e a consciência fonêmica são os pilares para o sucesso da leitura.

O termo Consciência fonológica abrange todos os tipos de consciência dos sons que compõem o sistema de certa língua, é composta por diferentes níveis: a consciência fonêmica, a consciência silábica, e a consciência intrassilábica.

O termo consciência fonêmica costuma ser usado quando se refere ao nível do fonema, e consciência fonológica é usado quando se trata de um nível mais abrangente.

Antes de ler este artigo vale ressaltar mais uma distinção, desta vez entre fonema e fone.

Um fonema em uma língua é uma abstração, faz parte do sistema fonológico que está na mente dos falantes.

Nunca se realiza porque não é pronunciado. A produção dos falantes são os fones da língua, o fone é algo concreto realizado em um momento real por um falante.

Sempre que for tratar da pronúncia de som usa-se o termo fone, porém, para facilitar o entendimento e não confundir as crianças usa-se som.

O que é Consciência fonológica?

Em resumo, Consciência Fonológica é a capacidade de ouvir e manipular estruturas sonoras dentro de palavras.

Então, aqui estão algumas definições e diferenças entre estes termos:

A consciência fonológica refere-se ao desenvolvimento de diferentes componentes fonológicos da língua falada (Lane & Pullen, 2004, p.6)[1].

Os alunos que têm um alto nível de consciência fonológica reconhecem facilmente palavras que rimam, reconhecem as barreiras silábicas em padrões de palavras.

As habilidades de consciência fonológica estão diretamente relacionadas ao sucesso (fluência) na leitura. Não é de se surpreender que leitores pobres em consciência fonológica concluam a alfabetização sem saberem ler, ou se o fazem, esta é fraca e sofrida.


As habilidades de consciência fonológica incluem:

  • Rima  –

Palavras com terminações semelhantes – compreende a Capacidade de identificar ou repetir a sílaba ou fonema na posição final das palavras – as palavras rimam quando há semelhanças entre os sons desde a vogal ou ditongo tônico, até o último fonema da palavra, podendo abranger a rima da sílaba, a sílaba inteira ou mais do que uma sílaba. – (Nascimento, 2009[2]; Schuele & Boudreau, 2008[3])

  • Aliteração 

Habilidade de identificar ou repetir sílabas ou fonemas na posição inicial de palavras.

  • Consciência Silábica

Reflete-se na capacidade de realizar atividades de segmentação, aliteração, síntese e manipulação de sílabas.

  • Consciência de Frases e Palavras

Requer a capacidade de segmentar a frase em palavras.

  • Fonemas (sons individuais)

 

O que é Consciência fonêmica?

Consciência fonêmica é uma parte da consciência fonológica.

Consciência fonêmica lida com o fonema.

Consciência fonêmica é a capacidade de ouvir e manipular sons foneticamente.

Consciência fonêmica refere-se ao conhecimento sobre um fonema e a capacidade de o indivíduo identificar (atividades de análise), juntar (atividades de síntese), e manipular sons individuais em palavras.

Sabemos que um fonema é apenas uma abstração na nossa mente, é apenas um som, um padrão articulatório.

Existem 31 fonemas no português que usamos para combinarmos em sílabas e formar palavras quando falamos.

Enquanto o fonema é apenas um som e é o menor nível de produção da fala, na leitura ele é o mais alto nível de habilidades fonológicas. A criança o desenvolve depois de aprender a manipular palavras e sílabas.

Crianças com baixo nível de consciência fonêmica terão problemas para aprender fonética e decodificação (leitura), especialmente quando for preciso soar e misturar letras para formas novas palavras.


As habilidades de consciência fonêmica incluem:

  • Isolamento do fonema – início, meio e fim;
  • Síntese fonêmica – juntar os sons para formar novas palavras
  • Segmentação ou análise fonêmica – quando é dada uma determinada palavra falada, a criança é capaz de segmentá-la em fonemas individuais;
  • Manipulação de fonemas – a habilidade de manipular um fonema para formar uma nova palavra em uma família de palavras.

3. A fonética[4] 

É o ramo da linguística que estuda a natureza física da produção e percepção dos sons da fala humana, na sua realização concreta (articulação, características físicas e percepção), refere-se à associação da relação letra-som e os padrões de letras para soletrar palavras (Snow, Burns e Griffin, 1998 p.51)[5] .

Refere-se ao uso do código (relações de som-símbolo para reconhecer palavras).

Assume-se que o aluno já adquiriu consciência fonêmica e que já conhece o princípio alfabético, que já entende que há uma relação consistente entre símbolos de letras e sons de letras.

O método fônico

método fônico é o método de ensino da leitura que tem como base a relação entre letra e som. Não se pode aprender a ler de forma eficaz sem uma compreensão da relação entre as letras e os sons das letras e, como eles se conectam para formar as palavras que vemos no texto impresso.

Esta é uma das principais razões pelas quais os programas desprovidos de instruções fonológicos (métodos globais) produzem resultados de leitura ruins, eis por que qualquer programa de leitura bom deve incluir fonética como um componente chave da aprendizagem.

O conhecimento do som das letras e das relações entre o som é essencial para dominar a mecânica da leitura.

Todas essas habilidades são construídas sobre uma base sólida da linguagem oral. Métodos fônicos não devem se referir apenas à fonética, a relação letra/som. É preciso trabalhar gradualmente todas as habilidades de consciência fonológica e fonêmica.

 

Eu não aplico aos meus filhos apenas um monte de exercício de fonética. Aqui todo dia é dia de leitura partilhada, é dia de ler livros, textos, poesias, clássicos e parlendas.


Fazendo uso de atividades de consciência fonológica, tira-se a fônica do campo do treinamento puramente mecânico, tornando o aprendizado mais simples e interessante para as crianças.

O que tento levar para você aqui no blog é me dedicar ao uso do método fônico e como se aprende a ler, e à medida que você navega nos artigos do site espero que possamos aprender juntos que o uso da fonética é o principal meio para se aprender a ler.

E se você chegou até aqui é bom que esteja convencido de seus méritos, que você também consegue alfabetizar crianças por meio do método fônico com o uso da fonética e das habilidades de consciência fonológica.

Compartilho com você a ideia de que o método fônico é o meio mais efetivo de ensinar qualquer um a ler – com base em experiências, pesquisas e evidências científicas.

Muito antes de a criança ter qualquer tipo de compreensão do princípio alfabético, as crianças devem entender que aqueles sons associados às letras são precisamente os mesmos sons da fala. [6]

Por que a Consciência fonológica é tão importante?

Segundo Calfee, Lindamood & Lindamood, 1973: A capacidade da criança para entender e manipular fonemas está fortemente correlacionada com o seu sucesso de leitura no final de sua escolaridade.

Habilidades de consciência fonológica é a base para a leitura. Sem essas habilidades importantes uma potencial dificuldade de leitura pode surgir nos primeiros anos de escolaridade.

“O nível de consciência fonêmica que as crianças possuem no início das primeiras instruções de leitura e seu reconhecimento das letras são os dois melhores preditores de quão bem elas aprenderão a ler durante os dois primeiros anos de ensino formal da leitura.” (Adams, Foorman, Lundberg, & Beeler: 1998).

E você deve-se perguntar: o que eu tenho a ver com isso?

Você sabia que desde 2013 é feita a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA)?

Está é uma avaliação externa que objetiva aferir os níveis de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática dos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas públicas.

A Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) categoriza os estudantes em quatro níveis de alfabetização, sendo apenas o nível 1 considerado inadequado pelo MEC. Alguns especialistas julgam que o nível 2 também não deveria ser considerado suficiente para declarar uma criança alfabetizada.  [7]

Inês Kisil Miskalo, gerente executiva de gestão de políticas de aprendizagem do Instituto Ayrton Senna, é ainda mais enfática, afirmando que somente o nível 4 deveria ser considerado como adequado em tudo, para ela estas crianças estão indo paro o 4º ano sem estarem plenamente alfabetizadas.

Na avaliação de 2014, o desempenho em leitura da maioria dos alunos (56%) ficou nos dois piores níveis, dentre quatro, significando que eles não conseguem localizar informação explícita em textos de maior extensão e identificar a quem se refere um pronome pessoal[8].

 

Magda Soares afirma que o nível 2 não é suficiente. “É indiscutível que o nível 1 mal se aproxima do que se poderia considerar uma criança alfabetizada. Mas eu tenderia a considerar que também o nível 2 está ainda distante do que se poderia considerar uma criança alfabetizada, e concordaria com os níveis 3 e 4, na leitura, 3, 4 e 5 na escrita”.

Magda Soares afirma que o nível 2 não é suficiente. “É indiscutível que o nível 1 mal se aproxima do que se poderia considerar uma criança alfabetizada. Mas eu tenderia a considerar que também o nível 2 está ainda distante do que se poderia considerar uma criança alfabetizada, e concordaria com os níveis 3 e 4, na leitura, 3, 4 e 5 na escrita”.

 

Os dados acima mostram que ao fim do 3º ano do Fundamental, 22% dos alunos se encontram no nível 1; 34% no 2; 33% no 3 e apenas 11% no nível mais avançado. Portanto, os resultados ainda estão distantes da meta de alfabetizar todas as crianças até, no máximo, o 3º ano.

Podemos observar que 22,21% das crianças, no final do ciclo de alfabetização só desenvolveram a capacidade de ler palavras isoladas.

Em escrita, 26,67% desses alunos não tinham aprendizagem considerada adequada. De acordo com o Relatório de Monitoramento das Metas do Plano Nacional de Educação (PNE)[9], mais da metade dos alunos do 3º ano do Fundamental estão nos dois níveis mais baixos de alfabetização.

 

A taxa do nível mais alto, o Nível 5, revela que apenas 9,88% das crianças já’ escrevem de acordo com o que se espera ao fim do ciclo de alfabetização.

  • No nível 1 da escrita estão os estudantes que não conseguiram escrever, deixaram em branco ou tentaram imitar a escrita com desenhos.[10]
  • O nível 4, que apresenta o maior número de estudantes é aquele em que a aquisição do texto começa a se dar, mostrando o esforço de síntese das ideias por meio de texto, mas ainda com inadequações.
  • No nível 5, temos os estudantes que escreveram textos adequados ao final do ciclo de alfabetização, com poucos desvios, mas, característicos desta fase de aquisição das habilidades de escrita.

Podemos considerar que apenas 9,88% possuem uma escrita adequada.

O mais dramático é que você encontra neste universo crianças com 9 ou 10 anos que ainda não sabem ler.

E esta realidade é confirmada nos e-mails que recebo semanalmente de pais e professores, o que reafirma que esta não é uma realidade abstrata, apenas representada pelos gráficos acima, meus leitores sentem isso nas salas de aula e em casa.

Com base nestes resultados de pesquisas semelhantes, é vital que pais e educadores entendam que, tanto as habilidades de consciência fonológica quanto fonêmica, sejam desenvolvidas na primeira infância. É necessário que essas habilidades sejam explicitamente avaliadas no final da pré-escola, no primeiro ano de escolaridade formal e novamente no segundo ano.

Além disso, os professores precisam entender como integrar os currículos de consciência fonológica e fonêmica para seus leitores das classes sociais menos favorecidas.

Mais importante ainda é que os professores tenham acesso a estes recursos para complementarem seus conhecimentos. Essas habilidades precisam ser trabalhadas tanto no final da pré-escola quanto no primeiro ano, pois, é a base para a leitura. Crianças que apresentam dificuldades de leitura, podem se beneficiar de reavaliações e intervenções.

As crianças ao concluir a pré-escola já poderiam ler palavras regulares e pequenos textos se estas habilidades de consciência fonológica e fonêmica forem trabalhadas desde cedo.

Então, se você é um professor, mãe ou pai e está guiando crianças no caminho da leitura, faça-se uma pergunta simples:

Você está trabalhando em seus alunos habilidades de linguagem oral para que toda a sua consciência fonológicaconsciência de fonemas e habilidades fonéticas tenham raízes sólidas e possam crescer no desenvolvimento da leitura?

Top 10 razões pelas quais as crianças não podem ler

 

[img]

 

[1] “Lane, H. B., & Pullen, P. C. (2004). A Sound Beginning: Phonological Awareness Assessment and Instruction. USA: Pearson Education, Inc.

[2] “Nascimento, L. C., & Knobel, K. A. (2009). Habilidades Auditivas e Consciência Fonológica: da teoria à prática. São Paulo: Pró-Fono.

[3] “Schuele, C. M., & Boudreau, D. (Janeiro de 2008). Phonological Awareness Intervention: Beyond the basics. Language, Speech and Hearing Services in Schools, pp. 3-20.

[4] fonética in Dicionário infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2017. [consult. 2017-06-16 18:58:05]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/fonética.

[5] “Reading Assessment and Instruction for All Learners.” Snow, C.E., Burns, M.S., & Griffin, P. (1998). Preventing reading difficulties in young children. Washington, D.C.: National Academy Press.

[6] “Adams, M., Foorman, B., Lundberg, I., & Beeler, T. (1998). Phonemic awareness in young children: A classroom curriculum. Baltimore, MD: Brookes.

[7] “Especialistas divergem sobre nível adequado da ANA para a ….” 28 set. 2015, http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/35336/especialistas-divergem-sobre-nivel-adequado-da-ana-para-a-alfabetizacao/. Acessado em 16 jun. 2017.

[8] “Inep divulga resultados preliminares da avaliação de alfabetização ….” 22 mai. 2017, http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2017-05/inep-divulga-resultados-preliminares-da-avaliacao-de-alfabetizacao-para. Acessado em 16 jun. 2017.

[9] “Como anda o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação.” 10 nov. 2016, https://novaescola.org.br/conteudo/3369/relatorio-monitoramento-metas-do-plano-nacional-de-educacao-pne. Acessado em 27 jun. 2017.

[10] “INEP, Instituto Nacional de estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Avaliação Nacional da Alfabetização. ” 20 out. 2015, http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=21091-apresentacao-ana-15-pdf&category_slug=setembro-2015-pdf&Itemid=30192. Acessado em 27 jun. 2017.

Mais detalhes no  e-book:

 

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3 ATIVIDADES DE LEITURA IMPORTANTES PARA HACKEAR O CÉREBRO DO SEU FILHO QUE SÃO IGNORADAS

3 ATIVIDADES DE LEITURA IMPORTANTES PARA HACKEAR O CÉREBRO DO SEU FILHO QUE SÃO IGNORADAS

Bem, para te falar a verdade, há muito mais que apenas 3 ATIVIDADES DE LEITURA necessárias e importantes que são ignoradas. Porém essas 3 constroem uma base sólida para os leitores e aprendizes de leitor. O fato é que, muitos leitores com dificuldades apresentam uma ou mais deficiências dessas importantes habilidades de leitura.

1- Rimas

2- Sílabas

3- Fonemas

O que esperamos que crianças pequenas façam com palavras, rimas e fonemas, para que entendam de alguma forma o que são fonemas?

É exatamente disso que trata os artigos deste blog!

Aqui você encontrará definições e ATIVIDADES DE LEITURA práticas que envolvem essas 3 importantes habilidades.

Link no final do post com mais atividades para aplicar em crianças de 3 anos ou menos.

Palavras Rimadas.

Rimas são palavras como Rato e Gato que terminam com a mesma rima. Palavras que rimam são palavras que terminam com sons finais semelhantes.

Embora existam rimas imperfeitas como chapéu e mel, no início, para atividades de leitura e escrita, é bom trabalhar com rimas que terminam com as mesmas letras e fones. Mas para atividades orais as palavras rimadas não precisam ser escritas da mesma forma basta apenas que soem iguais.

O objetivo é que as crianças possam, de alguma forma, manipular as palavras que rimam:

  1. Reconhecer quando as palavras rimam e quando não rimam;
  2. Produzir palavras rimadas, por exemplo: você pergunta o que rima com GATO e a criança responde: MATO
  3. Criar um jogo com palavras rimadas. Criar “um monte” de palavras que rimam mesmo pseudopalavras (aqui em casa chamamos de não-palavras).

Brincar com palavras que rimam com crianças pequenas pode ser muito divertido e simples, especialmente usando músicas, rimas, poemas e parlendas.

 

Sílabas

As sílabas são as partes da palavra que a criança melhor identifica.

Palavras como  e fé têm apenas uma sílaba. Palavras como bola e fogo têm duas sílabas. Caso a criança encontre dificuldades para distinguir sílabas em palavras recomendo que coloquem a mão sob o queixo e contar os movimentos do queixo enquanto falam a palavra. Geralmente este é o número de sílabas que a palavras possuem.

vídeo do facebook

 

O objetivo desta ATIVIDADES DE LEITURA é que as crianças possam fazer algumas coisas com as sílabas:

  1. Contar o número de sílabas em uma palavra;
  2. Contar sílabas com palmas
  3. Combinar sílabas para formar uma palavra. Que palavra você cria quando junta essas duas partes, LO (dê uma pausa de um ou dois segundos) BO?
  4. Falar a parte de uma palavra quando uma sílaba é “jogada fora”. Por exemplo: “O temos quando você diz JAPÃO sem o JA?”
  5. Fazer a inversão de sílabas: Você diz LO-BO e a criança repete BO-LO.

 

Você também pode usar objetos para contar as sílabas, lego ou blocos.

Fonemas

É neste exato ponto que as pessoas costumam se perder.

A palavra Fonema parece algo tão técnico, tão professor, não é? Então, o que exatamente são fonemas? Fonemas são os sons individuais em palavras. Por exemplo, a palavra UVA tem 3 fonemas, sons individuais, /U/ /V/ /A/.

Que torna isso um tanto complicado, especialmente para adultos que não foram alfabetizados desta maneira e tentam ensinar fonemas para seus filhos ou alunos, e para complicar ainda mais, algumas palavras possuem mais letras do que fonemas..

Por exemplo a palavra OSSO, embora tenha 3 letras, só possui 3 fonemas: /O/ /S/ /O/.

Vamos explorar mais sobre isso no nosso e-book As 7 Etapas da Leitura Precoce…. Mas por enquanto vamos ver que habilidades queremos que as crianças aprendam com fonemas:

  1. Isolar fonemas iniciais(Análise fonêmica), exemplo: “Qual é o primeiro som que você ouve na palavra UVA”.
  2. Síntese Fonêmica ou juntar fonemas. Por exemplo, “ vou dizer uma palavra bem devagar. Veja se você descobre e me diga qual é a palavra: /V/ /Ó/
  3. Contar fonemas. Por exemplo: “Quantos sons você ouve na palavra NÓ?

Contar fonemas é uma habilidade mais avançada que a criança desenvolve depois de dominar rimas e sílabas. Você encontrará mais atividades práticas de consciência fonêmica em nosso e-book…. As 7 Etapas da Leitura Precoce

CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E FONÊMICA

Explicando os termos usados nessas ATIVIDADES DE LEITURA: CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E FONÊMICA

CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA: é um termo muito amplo. Refere-se à consciência dos sons em uma palavra. Uma criança que domine as habilidades de consciência fonológica pode identificar e criar palavras que rimam, contar sílabas em uma palavra ou em um nível mais avançado identificar e manipular sons individuais em uma dada palavra.

CONSCIÊNCIA FONÊMICA: está inserida dentro da consciência fonológica. É a consciência das menores unidades de som em uma palavra.

Por exemplo, uma criança com consciência fonêmica bem desenvolvida é capaz de ouvir que a palavra UMA têm os sons: /U/ /M/ /A/. Uma criança neste nível de consciência fonêmica é capaz de manipular os fonemas de uma palavra mudando o primeiro fonema para formar outra palavra, mudar /g/ no início de gato para /R/ e saber que a nova palavra é RATO.

Essas atividades de consciência fonêmica são jogos que seu filho ou aluno pode fazer de olhos fechados, jogos de escuta, eles só precisam ouvir quando identificam e manipulam sons em palavras. Nestes jogos não se faz necessário usar letras. Quando você começar a trabalhar a relação grafema/fonema, letra/som, você estará trabalhando a fónica. Mas isso já é outro assunto.

Qual a diferença entre fone e fonema?

Um fonema em uma língua é uma abstração, faz parte do sistema fonológico que está na mente dos falantes.

Nunca se realiza porque não é pronunciado. A produção dos falantes são os fones da língua, o fone é algo concreto realizado em um momento real por um falante. Sempre que for tratar da pronúncia de som usa-se o termo fone, porém, para facilitar o entendimento e não confundir as crianças usa-se som.

Fone diz respeito aos sons efetivamente produzidos na fala, que varia de região para região. Fonema é um elemento da língua que corresponde à imagem mental que os falantes têm das unidades sonoras do sistema fonológico. A ortografia representa os fonemas, e não os fones. Tanto quem pronuncia [‘dia] quanto quem pronuncia [dʒia] (“djia”) deve escrever (dia).

Por que a consciência fonológica e fonêmica são tão importantes?

Segundo Adams, Marilyn Jager (1990)1 entre outros. O sucesso de uma criança com consciência fonêmica é o melhor preditor do sucesso da leitura posterior.

Atenção!

A Consciência Fonológica em todos os aspectos é fundamental para aprender a ler em qualquer sistema de escrita alfabética. As pesquisas mostraram que a dificuldade com a consciência de fonemas e outras habilidades de Consciência Fonológica é um preditor de má leitura e desenvolvimento da ortografia.

 

1Adams, M.J. (1990). Beginning to read: Thinking and learning abort print. Cambridge, MA: MIT Press.