Alfabetização e Democracia

Resenha do livro Alfabetizar para a Democracia

Deixo aqui um pequeno resumo da parte 1 deste livro, o Livro está dividido em 3 partes.

Parte 1: a opinião do autor sobre O que é alfabetizar.

No final deste artigo você encontra o título das outras partes do livro.

No Capítulo 1,  José Moraes inicia seu livro traçando um paralelo entre as definições de alfabetismo e literacia.

Em uma definição bem simples, alfabetizar é ensinar a ler e a escrever no sistema alfabético.


É alfabetizado quem sabe ler e compreender um texto simples ou escrever de maneira inteligível o que quer comunicar. Porém, na psicolinguística é alfabetizado quem é capaz de ler e escrever com autonomia.

A definição científica partilhada por muitos pesquisadores em uma definição mais específica, é a aquisição e posse de uma habilidade. Neste ponto ser alfabetizada é ter um nível mínimo de habilidade que permita ler palavras e textos  independentemente da sua familiaridade, mesmo sem compreender o que se lê, e por outro lado escrever qualquer enunciado mesmo sem conhecer o conteúdo do que escreve.
Os níveis hábeis seria aquele que corresponde a ativação automática das representações ortográficas lexicais, atingido no decurso do quarto ano e os níveis básico podem ser atingidos no fim do primeiro ano de instrução.

Literacia

Segundo Moraes, literacia é um termo utilizado em Portugal  e na Espanha  e tal como no francês littératie, adaptado do inglês literacy,  não equivale a alfabetismo por duas razões, porque se pode ser letrado, no sentido de saber ler e escrever, e analfabeto, é o caso dos que só adquire o sistema não alfabético de escrita, como o kanji (ideográfico) e os Kana(silabários) no Japão. E também porque literacia pressupõe uma utilização eficiente frequente da leitura e da escrita.


O autor faz uma comparação entre a leitura e a música, entre um leitor e o músico, segundo ele  quem aprendeu a ler e escrever, mas o faz mal ou pouco, não é letrado, tal como não é músico quem aprendeu a tocar um instrumento, mas o faço raramente com esforço.

Sendo assim, a alfabetização abre caminho para a literacia, isto é, abre caminho para a utilização das habilidades de leitura e escrita, atividades que vão além do alfabetismo, são atividades de aquisição, transmissão e, eventualmente, produção de conhecimento.

Para Moraes, a literacia vai além do nível básico do meramente Alfabetizado, de ler e escrever com autonomia, e caracterize os níveis eficientes, aqueles em que lemos e escrevemos automaticamente as palavras da língua, sem termos de construir intencionalmente e sequencialmente o seu reconhecimento. Tal como níveis básico, também os níveis hábeis podem ser avaliados de maneira rigorosa.

O autor distingue a literacia em 4 pontos – a pragmática com fins utilitários; – divertimento; – a de conhecimento, que inclui a científica , e a estética, que compreende a literária.
Estas formas de literacia confrontam-se com exigência de natureza muito diferente do ponto de vista dos processos mentais conscientes (Moraes 2014).

Letramento

Neste livro O autor também fala um pouco sobre o que é letramento, segundo ele esse termo começou a ser utilizado no final da ditadura militar, numa primeira vista parece que o termo corresponde ao mesmo que literacia explicado acima, defende os mesmos interesses, ou seja,  pelo uso prático das habilidades com alguns objetivos.


Letramento é uma maneira mais geral, pode ser entendido como a influência que a cultura escrita tem no desenvolvimento da criança, por meio da exposição frequente de textos e letras, por meio das interações verbais já marcadas pela escrita que ela tem com os outros e por meio das ações intencionais dos pais e dos professores ensinando a tornar acessível a compreensão e domínio do sistema escrito.

Nesse sentido, tal como o termo alfabetização, letramento indica um processo, ao passo que literacia evoca, sobretudo, o estado ou a função que dele resultam.


Letramento difundiu-se na comunidade linguística e educacional como uma intenção ao mesmo tempo mais engajada politicamente e mais sedutora. Ele se refere tão somente ao uso social da leitura e da escrita (Soares 1982), e não contempla, portanto, todas as atividades de leitura e de escrita que são determinadas por necessidades e fins meramente pessoais.

Como se um indivíduo, como ser letrado, não tivesse outra dimensão do que a social. Por ser mais abrangente e atendendo a vantagem de homogeneizar os conceitos, o português europeu não utiliza letramento, mas sim literacia e literacia é o termo que o autor usa nesse livro.



No Capítulo 1 o autor também descreve sobre os modelos de educação, os modelos baseados no modelo cultural, promovido pela pedagogia crítica inspirado por Paulo Freire. Fala sobre o modelo do capital humano, capital humano que se refere ao conjunto de habilidades, qualificações e experiência que influencia a produtividade e o rendimento de dividendos na economia capitalista.


O modelo das capacitações são os modelos dominantes que referem a dignidade humana, não sendo menos ideológicas, mantém a chama consoladora da resistência em nome dos valores humanistas e da sua opinião sobre esses modelos ideológicos.

Faz um breve histórico sobre o alfabeto e os fonemas, sua criação, as origens do alfabeto e bem como surgiu como alfabeto.

Desfaz o mito da superioridade do alfabeto, de que a escrita alfabética é superior ao outros tipos de escrita.

Não nascemos todos com os mesmos direito: Efeito Mateus

No capítulo 2 o autor ressalta que não nascemos todos com os mesmos direito, segundo ele o direito de adquirir e praticar a literacia é um direito frágil, depende do direito do desenvolvimento das capacidades cognitivas, que dependem do direito à saúde e do direito a frequentar uma escola de boa qualidade, os quais dependem o direito de nascer numa família que vê satisfeitos os seus próprios direitos ao trabalho e a remuneração justa. Os direito não se encontram em condições distintas, entretecem relações, e as infrações em uma ponta tem efeito em outras.

Segundo estudo citado pelo o autor do livro o status socioeconômico baixo limita o aproveitamento das potencialidades genéticas, ao contrário do status socioeconômico alto.
Segundo autor pela falta de literacia, pode-se viver pior e viver menos. O estresse crônico associado a um status socioeconômico inferior conduz ao declínio mais rápido do funcionamento fisiológico, influenciado pelo envelhecimento celular.

Estes riscos e as diferenças podem ser diminuídos por meio de uma pré-alfabetização bem feita,  a estimulação precoce pelos pais entre os 3 e os 5 anos de idade, investimento em saúde, investimentos durante a gravidez e, a melhoria das condições das Crianças, se dê desde muito cedo durante a gestação.


O autor conclui que com base nas provas disponíveis pode-se afirmar que o ambiente familiar é a variável que melhor prediz as habilidades cognitivo-linguísticas, insiste que as famílias que não cultivam as habilidades precoce, colocam desde cedo as crianças em condições desfavorecidas. E quando essas crianças são inseridas na escola o efeito do status socioeconômico é muito forte.

O nível Educacional da mãe e o rendimento familiar influenciam as habilidades de linguagem oral medidas no último ano da pré-escola, que por sua vez influencia o resultado em leitura e matemática durante o segundo ao quarto ano de escola.


O autor também fala sobre a importância de se ter pais leitores, que o hábito da leitura diária na família e a cultura de se ter uma biblioteca em casa e vários livros disponíveis no alcance da criança, que a quantidades de livros que a família tem em casa está relacionado com o sucesso no aprendizado.

Neste capítulo o autor também fala sobre o status socioeconômico e a inter-relação entre linguagem, matemática e capacidades cognitivas, como a aprendizagem da linguagem e da Matemática estão inter-relacionados, o sucesso de um depende o sucesso em outro.

Como o status socioeconômico, o meio  sócio cultural influencia na tomada de consciência fonológica avaliado na pré-escola e é muito mais avançada em crianças de status socioeconômico alto do que em crianças de status socioeconômico baixo e os reflexos desses fatores nas capacidades de leitura e escrita.

O autor ressalta que é importante, é necessário, na pré-escola, incentivar atividades que estimulem a tomada da consciência fonológica em todas as crianças, além de um programa de sensibilização e formação junto às famílias de status socioeconômico baixo, essas atividades de consciência fonológica, em especial  a consciência fonêmica, tende a diminuir as diferenças entre crianças de  status socioeconômico baixo em relação a crianças de status socioeconômico alto.


Aqui o autor faz referência sobre o efeito Mateus no desenvolvimento das habilidades da literacia, referência feita a uma parábola da bíblia a respeito dos ricos e dos pobres, os melhores progridem mais e os piores menos, de maneira que o atraso desses em relação aos melhores aumenta.

Efeito Mateus: os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, ou seja, quem vem de um meio sócio-cultural mais elevado tende a ter melhor desempenho do que os que vem status socioeconômico  baixo tende a ter menor desenvolvimento da literacia .

Como se lê e como se aprende a ler

No Capítulo 3  o autor descreve como se lê e como se aprende a ler.

Relata a definição do que é leitura, baseado em estudos científicos. Sobre o jargão “ ler é compreender” ele discorre sobre as relações pedagógicas entre os  métodos globais tais como Whole-Word aprocha, o construtivismo, o método funcional e os métodos fônicos, descreve sobre a  fala e os componentes da leitura.

Sobre o leitor hábil

Neste parágrafo o autor levanta alguns questionamentos e apresenta provas científicas.

Como se aprende a ler? Como você passa de analfabeto, alfabetizado e letrado? Quais  as condições que devem ser satisfeitas?

A primeira condição  é a compreensão do princípio alfabético, o princípio da correspondência entre fonemas e grafemas. A tomada automática  de consciência dos fonemas não é espontânea, a criança aprendiz de leitor não descobre o princípio alfabético por mera exposição ao material escrito.


O autor fala sobre o que o professor tem que saber para fazer o aluno compreender o princípio alfabético e que cada letra está associado a um ou mais de um valor fonológico.


Nesta Edição publicada em nosso país   o autor reservou um capítulo especial para o Brasil. Capítulo este que ele  chama de Alfabetizar no Brasil, relata a situação do alfabetismo e da literacia no Brasil, o analfabetismo completo e o analfabetismo funcional.

Aqui é onde entra os números, o qual me inspirou o título para esta resenha.

Segundo os dados do INAF – Indicador de Analfabetismo Funcional em 2011, além de 6% de analfabetos, 21% da população é constituída por alfabetizados rudimentares e 47% de pessoas que não foram além da alfabetização básica. Assim, parece que só 26% dos brasileiros, aproximadamente 1 em 4, teriam atingido um grau de alfabetização que permitiria qualificá-los  como bons leitores. Isto é, leitores que leem automaticamente, sem a necessidade de decodificar.

Em São Paulo, segundo os dados do Saresp – Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo, a proporção de alunos com desempenho insuficiente em língua portuguesa – por exemplo escrever sem respeitar as correspondência do nosso código ortográfico – no final do segundo e terceiro anos era, em 2011,  perto de cinco vezes maior nas escolas públicas do que nas privadas, ou seja, nas escolas do povo do que naquelas que são frequentados quase exclusivamente pelas crianças status socioeconômica elevado.

Nesse capítulo especial sobre o Brasil o autor fala também sobre o Pisa e os resultados ridículos que o Brasil obteve e vem obtendo desde a sua primeira edição, sempre na cauda do pelotão.

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa- PNAIC

O ator faz fortes críticas sobre o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa- PNAIC, o qual o Ministério da Educação – MEC chamou de “idade certa” de se alfabetizar, aos 8 anos de idade, sendo que em escolas particulares, no Brasil, muitas crianças dentro do primeiro ano dominam as funções do código ortográfico da língua e a maioria está alfabetizada no fim deste ano.

Nesse mesmo Capítulo o autor também usa um subtítulo que chamou muito minha atenção: “Ensinar a ler no Brasil: o caminho errado” – neste  o autor afirma que não há, em absoluto, idade certa ou errada para alfabetizar, mas, sem dúvida alguma, há caminhos errados e caminhos certos.

Segundo o autor por mais de uma 15 anos, o caminho adotado pelo MEC, e que já passou por vários governos e várias cores políticas, este tem se sucedido e faz parte dos caminhos errados.

Segundo o autor, os Parâmetros Curriculares Nacionais PCNs adotam uma concepção da aprendizagem do ensino da língua escrita que é coerente com a doutrina anglo-saxônica chamada Whole Language, que ficou conhecido no Brasil por construtivismo e tem apoio na teoria veiculada no livro A Psicogênese da Língua escrita, de Ferreiro e Teberosky (1986). As críticas do autor sobre as teorias e o PCN usado no Brasil, o que ele chama de “A falsificação da história” pois ignora completamente o conhecimento científico que desde os anos de 1970 davam claramente outro caminho e que se consolidou nos anos de 1980 (Temos aqui mais de 30 anos de atrasos na alfabetização).

Uma outra afirmação que me chamou muita atenção, muito taxativa e que pode incomodar os ânimos mais exaltados:

“O construtivismo brasileiro na educação tornou-se possível porque ele soberbamente desprezou informações sobre o conhecimento científico.”

“Será intencional, será ignorância de que existe um vasto corpo de conhecimento sobre aprendizagem da leitura e da escrita? Porque o MEC só conhece meia dúzia de autores, e todos construtivistas, que por sua vez não conhecem mais ninguém.”

O autor explica que, essencialmente, as pesquisas construtivistas e as pesquisas da psicologia da neurociências cognitivas se diferem no ponto de vista metodológico, as primeiras utilizam a observação de comportamentos individuais guiadas por hipóteses e procuram a confirmação dessas hipóteses. A segunda utiliza sobretudo situações experimentais, perguntas, geralmente comparando grupos submetidos a tratamentos diferentes, mas que são semelhantes em relação a todas as outras variáveis que se suspeita poderem influenciar os resultados, enfim, os resultado obtido são objeto de análise estatística rigorosos e as exigências para sua publicação são muitos fortes.

Não deveriam os responsáveis pela política de alfabetização no Brasil informar-se da fonte sobre a metodologia e resultados das muitas pesquisas pertinentes para alfabetização infantil, ou , visto que elas são demasiado numerosas, reunir os mais prestigiados cientista do domínio para escutá-los? Até quando os níveis brasileiros do Pisa em leitura deverão manter-se tão baixos para que haja, enfim, uma mudança de política que leve em conta as evidências científicas?

Aprender a ler no Brasil: caminho certo

Neste o autor fala sobre o caminho certo a ser seguido e mostra o caminho para o sucesso na alfabetização, apoiado por dados científicos, mostra o caminho a ser percorrido e apresenta outros países que continuam cometendo os mesmos erros que o Brasil.


Bem, sem mais delongas paro minha resenha por aqui.

Este livro é de grande importância, todo agente envolvido em políticas públicas, em especial em educação deveria ler este livro.

Quem quiser ler mais e conhecer mais detalhes sobre esse livro acesse o link abaixo.
Livro Alfabetizar para a Democracia 

http://acesse.vc/v2/29112d91bc

É alfabetizando no espírito da Democracia, como se estivéssemos em regime democrático, que se pode contribuir pela alfabetização para construir a democracia. (José Moraes)

Sumário do Livro

Introdução

PARTE I – O que é alfabetizar

Capítulo 1. Alfabetismo e literacia

Capítulo 2. Muito aquém da alfabetização

Capítulo 3. Como se lê e como se aprende a ler

Capítulo 4. Alfabetizar no Brasil

PARTE II – O que é a democracia

Capítulo 5. Democracia e pseudodemocracia

Capítulo 6. A liberdade

Capítulo 7. A igualdade

Capítulo 8. Falsos amigos, falsas democracias

PARTE III – Criar letrados, criar democratas

Capítulo 9. Ideias sobre a educação

Capítulo 10. Perspectivas de ação

Capítulo 11. Por favor, desenha-me um futuro

Sobre o autor do livro

José Morais Doutor em ciências psicológicas pela Universidade Livre de Bruxelas (ULB), Doutor honoris causa pela Universidade de Lisboa, e Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique em razão das suas contribuições para o conhecimento, em particular no domínio da leitura e da literacia. Foi presidente do Comitê das Ciências Psicológicas da Academia Real da Bélgica e membro do Observatório Nacional da Leitura (França). Atualmente é professor emérito da ULB e permanece membro ativo do seu Centro de Pesquisa em Cognição e Cérebro (CRCN).

O que é Fonema e Grafema

O que é fonema e grafema?

Grafema é letra, símbolo gráfico utilizado para constituir palavras. Fonema é a unidade sonora utilizada para formar e distinguir palavras. O grafema é a representação gráfica do fonema. Na palavra “casa”, temos 4 letras e 4 fonemas, mas em “guerra” temos 6 letras e 4 fonemas.

O que é Grafema?

Grafemas são aquelas letras simples, onde cada letra representa um grafema como na palavra “casa”, cada letra é um grafema, onde cada letra possui um “som” elementar. A palavra casa corresponde sucessivamente aos sons “k”, “a”, “z” e “a”, portanto temos 4 letras e 4 grafemas.

Temos também os grafemas complexos, grupos de letras, que no português não são mais do que duas, que pronunciamos como um “som” elementar. Por exemplo a palavra “chá” que tem seu primeiro som inicial composto pelas letra “ch” que tem o mesmo som inicial da letra “x” e depois “á” que tem o som de “a”, portanto 3 letra e 2 sons.

A Palavra CHÁ possui 3 letras e 2 Grafemas.

A palavra CASA possui 4 letras e 4 Grafemas.

Grafemas são portanto, mais exatamente, as letras ou grupos de letras que correspondem a um fonema (MORAIS, 2013 pg 21)

O que é Fonema?

Já os Fonemas não são sons, fonema é uma abstração do som, é uma palavra técnica, tal como átomo, gene aminoácido etc.

Cada letra ou um pequeno grupo de letras possui um som elementar, mas seu nome não é som, seu nome consagrado na linguística é fonema. Ou seja fonema é antes uma abstração do som.

O   “b” representa o conjunto de movimentos articulatórios que são efetuados quando dizemos /ba/, /be/, ao pronunciar esta silabas repare no que você fez com a boca. Se a tinha aberta, fecharia, Onde Ficou os lábios?

Produz-se o /b/ fechando os lábios, por isso se diz que é uma oclusiva labial. Comece pronunciando /ba/ mas tente não dizer o /a/ deve ter notado que não é possível pronunciar o /b/ isoladamente, você deve ter tido a impressão de que empurrou a boca para frente com o ar que vinha dos pulmões.

Segundo Morais para confirmar esta ideia foram feitas experiências com sílabas como /ba/ gravadas, às quais se ia cortando pedacinhos de som a partir do início e, sem surpresa, a certa altura só ficou o /a/; mas quando se fazia o contrário , isto é, começava a cortar a partir do fim, pedacinho por pedacinho, quando se deixou de ouvir /ba/ com um /a/ muito breve, também não se ouvia a consoante /b/, mas um som estranho que não parecia ser fala.

Porém na fala isto não acontece, se quiséssemos que nossa boca tomasse a configuração para pronunciar a consoante e depois a vogal, na verdade pronunciaríamos “re-ã.  Para produzirmos “rã”, quando a boca se abre , ela já está configura para pronunciar tanto a consoante quanto a  vogal. Por isso se diz que, na fala, os fonemas são coarticulados (MORAIS 2013).

E reforçando a polêmica de que “b” e  “a” não fazem ba.

Para a criança que ainda não aprendeu a ler, falar “de “b”é falar de /bê…/. Dizer-lhe que as letras “b” e “a” juntas fazem “ba” é dize qualquer coisa incompreensível , porque /bê/ e /a/, para alguém ajuizado, não faz /ba/, faz /bê-a/, e por mais que se tente colar uma a outra,  dizê-las sem intervalo, o mais depressa possível, faz sempre /bêa/. Para essa criança, /bê/ + /a/ só fará /ba/ quando ela compreender que em a /ba/ não está /bê, o que está em /ba/, em /bu/, em /bi/ não é um som, é uma unidade abstrata da estrutura da fala (/b/), que está em todas elas (Morais 2013, pg27).

Referências:

“CRIAR LEITORES, para professores e educadores”, José Morais, Manole editora, 2013

Klick Educação.O que é grafema e qual sua relação com fonema?.  Disponível em: http://www.klickeducacao.com.br/bcoresp/bcorespmostra/0,5991,POR-1604-h,00.html. Acesso em: 16/10/2015

Qual a idade certa para ensinar a ler

Qual a idade certa para ensinar a ler?

Para responder à pergunta primeiramente é preciso entender que aprender a ler e escrever não é um processo tão simples como aprender a falar.

Aprendemos a falar sem a necessidade de instrução, enquanto o aprendizado da leitura e da escrita exige o apoio de um professor, é importante entender que a aquisição da linguagem falada é um processo natural e espontâneo, que ocorre em um ambiente de imersão linguística e interação social, desde os primeiros meses de vida.

As crianças aprendem a falar observando e imitando os sons e padrões linguísticos de seu ambiente, e recebem feedback constante de seus pais e cuidadores, que reforçam suas tentativas de comunicação. Além disso, o cérebro humano parece ter uma predisposição para a aquisição da linguagem, com áreas específicas do córtex cerebral dedicadas ao processamento da fala e da compreensão da linguagem.

Por outro lado, a leitura e a escrita são habilidades culturais e artificiais, que foram desenvolvidas historicamente pela humanidade e que exigem o aprendizado de um sistema de símbolos e regras convencionais, que não estão presentes no ambiente natural das crianças. Por isso, a alfabetização requer a instrução formal e sistematizada, que envolve a explicitação das regras do sistema alfabético, a prática da decodificação e a compreensão do significado das palavras e dos textos.

Além disso, como mencionado no início da resposta, a comunicação oral envolve um processamento informacional mais complexo do que a comunicação escrita, o que pode explicar por que a alfabetização é um processo mais exigente para o cérebro. No entanto, é importante ressaltar que cada indivíduo possui um ritmo e uma capacidade de aprendizado próprios, e que a instrução adequada e individualizada pode fazer uma grande diferença no sucesso da alfabetização.

O método global

O método global de aprendizado da leitura, que enfatiza a importância do reconhecimento da forma global das palavras em detrimento da instrução fônica, foi desenvolvido a partir das décadas de 1960 e 1970, influenciado pela revolução cognitiva e pelas teorias psicolinguísticas inovadoras da época. Segundo essa hipótese, o cérebro do leitor prestaria atenção à forma inteira da palavra escrita e, ao integrar informações do texto e do contexto, construiria o sentido do texto. A leitura seria, então, como um jogo psicolinguístico de adivinhação.

Essa abordagem didática resultou em uma diminuição dos exercícios de instrução fônica, dando ênfase à exposição das crianças a um ambiente leitor estimulante e às hipóteses formuladas pelas próprias crianças sobre o funcionamento do sistema de escrita. Houve ainda a valorização do conhecimento linguístico que a criança trazia de casa, independentemente da variante socio-linguística, em relação aos formalismos da variante de maior prestígio da norma culta.

No entanto, experimentos realizados em salas de aula com crianças de diversos países, línguas e condições sociais, conduzidos por diferentes tipos de professores, desautorizam a produtividade didática dessas hipóteses. As abordagens globais, hoje chamadas ideovisuais, foram abandonadas em favor do conceito de letramento, termo que possui diversas definições.

Atualmente, a intelligentsia educacional universitária brasileira postula o alfabetizar letrando como uma solução para o problema do desempenho de crianças e adolescentes em leitura nos testes nacionais e internacionais. No entanto, as evidências científicas negam suporte empírico à teoria e práticas de ensino de leitura elaboradas e aplicadas no Brasil.

Este método foi amplamente difundido no Brasil a partir da década de 70 e teve muitos defensores, mas também muitos críticos.

Uma das críticas mais comuns é que o método global transforma o aprendizado da leitura em um jogo de adivinhação, em que a criança precisa memorizar palavras inteiras sem entender o que cada letra representa. Isso pode levar a problemas de compreensão de texto e dificuldades de ortografia no futuro.

Além disso, o método global não leva em conta a importância da fonética na alfabetização, ou seja, a correspondência entre as letras e os sons da língua. Aprender a associar cada letra a um som é fundamental para que a criança possa decodificar palavras desconhecidas e compreender o que está lendo.

Por essas razões, muitos especialistas em educação recomendam a utilização de métodos que combinem o reconhecimento visual das palavras com o ensino sistemático da fonética, como o método fônico ou o método fônico-analítico. Dessa forma, a criança pode desenvolver habilidades de leitura e escrita mais sólidas e duradouras.

Aprender a ler não é tão simples assim


Aprender a ler é um processo complexo que envolve a compreensão do código alfabético, onde unidades gráficas representam unidades fonológicas da fala. Esse processo não é transparente e pode ser desafiador tanto para quem ensina quanto para quem aprende.

Para entender o aprendizado inicial da leitura e seus pontos cruciais, é necessário ter conhecimentos em várias áreas, incluindo Física, Psicologia, Matemática, Lingüística e Medicina. Infelizmente, poucos educadores dominam todas essas informações, e muitas vezes a formação universitária de docentes não abrange essas áreas de maneira aprofundada.

Isso cria dificuldades e equívocos, pois os pais confiam seus filhos a profissionais que muitas vezes possuem um nível de desconhecimento comparável ao deles. Além disso, a sociedade em geral não compreende a importância do processamento cerebral de informações sonoras na aprendizagem da leitura.

Ao contrário da comunicação oral, que é altamente produtiva, a escrita exige uma manipulação consciente e mecanizada dos elementos fonológicos. Isso pode sobrecarregar a memória fonológica de trabalho do cérebro, que é um componente do sistema de funções executivas centrais.

No entanto, é importante encontrar um equilíbrio entre a manipulação consciente dos elementos fonológicos na escrita e a capacidade de automatizar e tornar inconsciente essa manipulação para melhorar a produtividade da comunicação escrita.

Aprender a ler é um processo complexo que envolve habilidades cognitivas, linguísticas e sociais. É necessário que a criança desenvolva habilidades fonológicas, ou seja, a capacidade de identificar e manipular os sons da fala. Também é preciso que ela entenda a relação entre os sons da fala e os símbolos gráficos que representam esses sons na escrita.

Além disso, a alfabetização requer a capacidade de decodificar palavras, ou seja, de associar os sons da fala aos símbolos gráficos correspondentes. É importante também que a criança tenha um bom vocabulário e compreensão de texto para que possa fazer inferências e entender o que está sendo lido.

Aprender a ler também é um processo social, que envolve a interação com professores, colegas e familiares. É importante que a criança tenha um ambiente favorável à leitura em casa e na escola, com acesso a livros e materiais de leitura adequados.

Em resumo, aprender a ler é uma tarefa complexa que envolve uma combinação de habilidades cognitivas, linguísticas e sociais. É importante que os métodos de ensino utilizados sejam baseados nas melhores evidências científicas disponíveis e que os professores estejam preparados para identificar e remediar dificuldades de leitura precocemente.

Como a criança se torna um leitor expert?

Aprender a ler é um processo complexo que passa por várias fases. Começa com a condição de analfabeto, depois passa para a condição de leitor iniciante e segue para a condição de leitor hábil, que ainda não é um leitor expert. Ser um leitor expert significa ter uma habilidade completa na leitura e escrita.

O tratamento dos aspectos fonológicos e acústicos da fala, codificados na escrita, é difícil para um leitor iniciante, mas para um leitor hábil, esse processo passa a ser automatizado e inconsciente, assim como na fala. A prática controlada da leitura durante a fase de leitor iniciante recicla as redes neuronais que tratam informações visuais e sonoras, ajudando no processo de aprendizagem.

Nosso cérebro foi projetado para tratar informações visuais e sonoras de forma isolada, mas não dispõe de recursos específicos para tratar informações sonoras portadoras de valor linguístico envelopadas em informações visuais, como ocorre na escrita alfabética. Por isso, o processo de aprendizagem da leitura é tão complexo e exige uma abordagem cuidadosa e especializada por parte dos educadores.

A criança se torna um leitor expert por meio de um processo complexo que envolve diversas habilidades e conhecimentos. Em primeiro lugar, é necessário que a criança desenvolva a consciência fonológica, ou seja, a habilidade de perceber os sons da fala e como eles se relacionam com as letras. Essa habilidade é importante porque permite que a criança compreenda o princípio alfabético, ou seja, que cada letra representa um som da fala.

Além disso, é importante que a criança tenha um amplo vocabulário e conhecimento prévio sobre o mundo ao seu redor, o que facilita a compreensão do que é lido. A habilidade de decodificar palavras, ou seja, ler as letras e uni-las em sons, também é crucial para a aprendizagem da leitura.

Outro fator importante é a fluência na leitura, ou seja, a habilidade de ler rapidamente e com precisão. Essa habilidade é desenvolvida por meio da prática regular da leitura, que permite que a criança se torne mais ágil na identificação das palavras e na compreensão do texto.

Por fim, a compreensão do que é lido é fundamental para que a criança se torne um leitor expert. Isso envolve a habilidade de inferir significados a partir do contexto, fazer conexões com conhecimentos prévios e analisar criticamente o texto.

Portanto, se tornar um leitor expert é um processo que envolve diversas habilidades e conhecimentos, que são desenvolvidos ao longo do tempo e com muita prática e dedicação.

PRÉ- ALFABETIZAÇÃO: princípio alfabético e as regras de decodificação

Para preparar o terreno para a alfabetização, é necessário realizar a pré-alfabetização. A leitura não é uma habilidade natural como a fala, mas também não é algo sobrenatural que pode ser aprendido sem esforço.

Durante a alfabetização, é preciso concentrar-se no ensino explícito e sistemático do princípio alfabético e das regras de decodificação. A compreensão também é importante, mas as atividades de leitura e compreensão precisam ser distintas e separadas didaticamente e cronologicamente. Ensinar a ler e compreender ao mesmo tempo e com os mesmos materiais é ineficaz, de acordo com as melhores evidências disponíveis.

A alfabetização exige o desenvolvimento da linguagem oral e habilidades ligadas ao sistema de funções executivas do cérebro, como o controle inibitório, flexibilidade cognitiva e memória de trabalho.

Em ambos os casos, o foco é a conscientização das unidades fonológicas mínimas das palavras faladas codificadas em palavras escritas, com base nas estruturas psicolinguísticas que envolvem os aspectos fonéticos e fonológicos das mesmas. Isso é alcançado por meio do treino consciente do uso da memória fonológica de trabalho e exige concentração consciente da atenção, além de flexibilidade cognitiva para mudanças de foco na atenção.

Didaticamente, isso envolve o controle corporal, ritmo, desenvolvimento da consciência fonológica, capacidade de manipulação de fonemas (divididos em substituição, adição, inversão e supressão de fonemas) e treino oral com a rememoração de listas de palavras. Isso pode ser considerado a pré-alfabetização.

Qual a idade certa para a alfabetização?

Não há uma idade certa para a alfabetização. Desde que a criança tenha desenvolvido sua linguagem oral e seu sistema executivo central esteja em pleno funcionamento, ela pode ser alfabetizada aos quatro ou cinco anos de idade, dependendo de outros fatores, como a transparência da relação grafema/fonema na língua nativa da criança e a complexidade silábica da língua. Também é importante considerar a motivação da criança para aprender a ler.

O desenvolvimento da linguagem oral é um pré-requisito crucial para a alfabetização, assim como a tomada de consciência das unidades fonológicas mínimas das palavras faladas e sua correspondência com as palavras escritas. Isso exige concentração consciente da atenção e flexibilidade cognitiva para mudanças de foco na atenção.

Os estudos científicos indicam que a experiência linguística das crianças nos primeiros anos de vida tem um papel significativo no desenvolvimento posterior da alfabetização. É importante que as crianças tenham um ambiente rico em linguagem e leitura desde cedo, o que pode ser influenciado pelo grupo socioeconômico da criança.

A pré-alfabetização é uma fase importante na formação do leitor. Nesse estágio, a criança começa a compreender o princípio alfabético e as regras de decodificação da linguagem escrita. Ela deve ser capaz de identificar as letras do alfabeto, diferenciá-las das outras formas gráficas e associá-las aos sons da fala.

Esse processo de reconhecimento das letras e dos sons é fundamental para que a criança possa desenvolver a habilidade de decodificar as palavras escritas e, assim, ler com fluência. A pré-alfabetização é também um momento em que a criança começa a desenvolver a consciência fonológica, isto é, a habilidade de identificar e manipular os sons da fala. Isso é importante porque a leitura é uma habilidade que requer a capacidade de associar os sons da fala às letras e palavras escritas.

Durante a pré-alfabetização, é importante que a criança tenha acesso a materiais ricos em letras e palavras escritas, como livros, cartazes, jogos e atividades que estimulem a sua curiosidade e interesse pela leitura. Os pais e educadores também podem incentivar a criança a explorar o ambiente ao seu redor, apontando e lendo palavras em placas, embalagens e outros objetos do cotidiano.

Ao ajudar a criança a compreender o princípio alfabético e as regras de decodificação, estamos preparando-a para se tornar um leitor expert no futuro. Esse processo requer paciência, dedicação e uma abordagem individualizada, que leve em consideração as habilidades e interesses da criança. Com o tempo e a prática, a criança se tornará cada vez mais habilidosa na leitura e, assim, poderá desfrutar de todo o mundo de possibilidades que a linguagem escrita pode oferecer.

Qual a importância dos pais no aprendizado da leitura?

A experiência linguística proporcionada pelos pais é de extrema importância para o desenvolvimento da criança. 

Um experimento famoso estimou que, no período que vai do nascimento aos quatro anos de vida, as crianças acumulam experiência linguística com 45, 26 e 13 milhões de palavras, dependendo se vivem em famílias de alta, média ou baixa condição socioeconômica, respectivamente. No entanto, o grande problema é que crianças provenientes de famílias com baixo nível socioeconômico apresentam um déficit alarmante de experiência linguística e conhecimento de palavras. 

Esse baixo nível de experiência linguística tem implicações para o desenvolvimento das capacidades de prestar atenção consciente aos aspectos fonológicos da fala, o que é central para aprender a ler. Como resultado, o risco de fracasso na alfabetização é alto nessa população.

A experiência linguística que os pais proporcionam é extremamente importante para o desenvolvimento da criança, principalmente no que diz respeito ao aprendizado da leitura. Os pais podem influenciar positiva ou negativamente nesse processo, dependendo da forma como estimulam e interagem com seus filhos.

Desde os primeiros anos de vida, é fundamental que os pais falem com as crianças, contem histórias, cantem músicas e estimulem o contato com livros e outras formas de leitura. Dessa forma, as crianças vão acumulando vocabulário, compreendendo a estrutura da língua e, consequentemente, desenvolvendo as habilidades necessárias para se tornarem leitores proficientes.

Além disso, os pais também podem incentivar a leitura em casa, disponibilizando livros e revistas adequados à idade da criança e lendo juntos com ela. Isso ajuda a criar um ambiente favorável ao aprendizado e estimula o gosto pela leitura.
Por outro lado, quando os pais não dão importância à leitura ou não interagem com seus filhos de forma adequada, a criança pode não ter contato suficiente com a linguagem escrita e desenvolver dificuldades no processo de alfabetização. Por isso, é importante que os pais estejam conscientes do seu papel no desenvolvimento da leitura dos filhos e busquem sempre incentivá-los e estimulá-los nessa jornada.

O uso excessivo de celulares e outras telas pode interferir na interação entre pais e filhos, reduzindo as oportunidades de diálogo e leitura compartilhada, o que pode afetar o desenvolvimento da linguagem e do interesse pela leitura. Além disso, as distrações proporcionadas pelos dispositivos eletrônicos podem afetar a qualidade do tempo de interação entre pais e filhos, prejudicando o vínculo afetivo e a atenção da criança para com as atividades propostas pelos pais. É importante que os pais estabeleçam limites e regras para o uso de tecnologias em casa e que reservem um tempo de qualidade para interagir com seus filhos, por exemplo, por meio da leitura de histórias e conversas.

Você esperaria até os oito anos para seu filho aprender a ler?

De acordo com a ciência, a experiência linguística fornecida pelos pais é muito importante para o desenvolvimento da alfabetização das crianças. 

Um estudo mostra que, durante os primeiros quatro anos de vida, crianças de famílias de alta, média e baixa condição socioeconômica acumulam experiências linguísticas com 45, 26 e 13 milhões de palavras, respectivamente. 

Infelizmente, crianças provenientes de famílias de baixo nível socioeconômico têm um déficit de experiência linguística e conhecimento de palavras, o que afeta o desenvolvimento de suas habilidades de atenção consciente aos aspectos fonológicos da fala, fundamental para a aprendizagem da leitura. Isso resulta em um alto risco de fracasso na alfabetização para essa população.

Por isso, é importante que as creches e pré-escolas das redes públicas de ensino forneçam uma experiência linguística adequada em quantidade e qualidade para essas crianças, para que possam passar pelo processo de alfabetização sem lutar tanto para quebrar o código alfabético. 

Os professores de alfabetização também devem conhecer os fundamentos teórico-científicos e os procedimentos didáticos e materiais realmente eficazes para garantir a efetividade do processo.

É importante lembrar que a antecipação exagerada da alfabetização não rende muitos frutos, mas adiar o processo aumenta o risco de tropeços na trajetória escolar, especialmente para aqueles com experiência linguística precária e desfavorável.

O PENAIC (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa) é uma política pública brasileira que estabelece como meta a alfabetização de todas as crianças até os oito anos de idade, no final do terceiro ano do ensino fundamental. No entanto, estudos recentes da neurociência mostram que o processo de aquisição da leitura é mais complexo do que se imaginava anteriormente.

A alfabetização é um processo gradual e progressivo que se inicia antes mesmo da criança entrar na escola. É importante que as famílias forneçam experiências linguísticas e estimulem a consciência fonológica das crianças desde cedo. Além disso, a consciência fonológica é uma habilidade fundamental para a aquisição da leitura, que envolve a compreensão de que as palavras são compostas por sons que podem ser manipulados.

O princípio alfabético é outro aspecto fundamental para a aquisição da leitura. As crianças precisam compreender que as letras representam sons específicos e que esses sons podem ser combinados para formar palavras. É importante destacar que a aprendizagem do princípio alfabético deve ocorrer de forma sistemática e explícita, ou seja, ensinando às crianças a relação entre as letras e os sons.

A idade ideal para aprender a ler varia de criança para criança, dependendo do desenvolvimento cognitivo e das habilidades linguísticas individuais. Portanto, fixar uma idade específica para a alfabetização pode ser prejudicial para muitas crianças, especialmente para aquelas que não tiveram uma exposição adequada à linguagem e à consciência fonológica em casa.

Além disso, o uso excessivo de tecnologias, como smartphones e telas, pode prejudicar o processo de aprendizagem da leitura, pois reduz o tempo de interação social e de exposição a experiências linguísticas ricas. O PENAIC também pode ser prejudicado pela falta de investimento em formação de professores e em materiais didáticos de qualidade, que são fundamentais para garantir uma educação de qualidade para todas as crianças.

Em resumo, a aquisição da leitura é um processo complexo que envolve uma série de habilidades cognitivas e linguísticas. O PENAIC pode ser uma meta importante, mas é necessário que a alfabetização ocorra de forma gradual e progressiva, com atenção especial à consciência fonológica e ao princípio alfabético, além de um investimento em formação de professores e materiais didáticos de qualidade.

Propor essa meta para crianças de famílias de baixo nível socioeconômico que já frequentam escola desde os quatro anos é contraproducente, aumentando o risco de mau desempenho e fracasso escolar.

Pais de classe média ou alta certamente não aceitariam essa meta para seus filhos.

Concluindo, não há uma idade certa para ensinar uma criança a ler. Desde que a criança fale e seu sistema executivo central esteja desenvolvido, ela pode ser alfabetizada, o que pode acontecer aos quatro ou cinco anos, dependendo de outros fatores, como o nível de transparência da relação grafema/fonema na escrita da língua nativa da criança e sua motivação para aprender a ler. 

No entanto, é importante lembrar que a experiência linguística propiciada pelos pais é fundamental para o desenvolvimento da habilidade de prestar atenção consciente aos aspectos fonológicos da fala, o que é central para aprender a ler. Portanto, creches e pré-escolas públicas devem dar atenção especial à experiência linguística de crianças de famílias com baixo nível socioeconômico para criar condições favoráveis ao processo de alfabetização. 

Além disso, é importante que a alfabetização siga procedimentos de ensino suportados pelas melhores evidências científicas disponíveis e que os professores alfabetizadores estejam preparados teórica e didaticamente para ensinar eficazmente. 

Em suma, a antecipação exagerada ou tardia da alfabetização pode aumentar o risco de tropeços na trajetória escolar, e é preciso considerar as condições socioeconômicas das famílias e as melhores práticas de ensino para promover o sucesso escolar das crianças.

Caligrafia para crianças

A caligrafia é uma arte que consiste na escrita bonita e legível, e pode ser uma excelente forma de desenvolver habilidades motoras finas e melhorar a escrita de crianças. Com o advento da tecnologia, muitos adultos e crianças se esqueceram da importância da escrita à mão e como ela pode ajudar no desenvolvimento cognitivo das crianças. Neste artigo, discutiremos tudo o que você precisa saber sobre caligrafia para crianças, desde a importância dela até técnicas de ensino e prática.

Por que a caligrafia é importante para crianças?

Ensinar caligrafia para crianças pode ajudá-las em muitos aspectos de sua vida. Aqui estão algumas razões pelas quais a caligrafia é importante:

  • Desenvolvimento motor: A caligrafia é uma atividade que envolve movimentos finos e precisos dos dedos, mãos e braços. Isso pode ajudar a desenvolver a coordenação motora fina das crianças, o que pode ser útil em outras atividades, como escrever, desenhar e amarrar cadarços.
  • Comunicação: A caligrafia é uma forma de comunicação que pode ser mais pessoal e significativa do que a escrita digital. Ensinar às crianças como escrever à mão pode ajudá-las a expressar suas ideias e sentimentos de maneira mais clara e eficaz.
  • Aprendizagem: Escrever à mão pode ajudar as crianças a aprender melhor e a reter informações por mais tempo. Um estudo descobriu que os alunos que tomam notas à mão têm um melhor desempenho em testes e são capazes de reter mais informações do que aqueles que usam um computador para tomar notas.

Como ensinar caligrafia para crianças?

Ensinar caligrafia para crianças pode parecer uma tarefa difícil, mas com algumas dicas e truques, pode ser uma atividade divertida e enriquecedora. Aqui estão algumas coisas a considerar ao ensinar caligrafia para crianças:

  1. Comece com letras simples: comece com letras maiúsculas e minúsculas simples e fáceis de escrever, como a letra “a” ou “l”. À medida que as crianças se sentem mais confiantes, você pode avançar para letras mais complexas e palavras inteiras.
  2. Use modelos: os modelos podem ser uma ótima maneira de ensinar caligrafia para crianças. Eles podem ver a forma correta das letras e tentar copiá-las. Você pode encontrar modelos online ou criar os seus próprios.
  3. Pratique regularmente: como em qualquer habilidade, a prática é fundamental. Reserve alguns minutos todos os dias para praticar caligrafia com as crianças e incentive-as a praticar sozinhas.
  4. Use ferramentas divertidas: você pode tornar a prática de caligrafia mais divertida para as crianças usando ferramentas coloridas e diferentes tipos de papel. Canetas de várias cores, canetinhas e lápis de cor podem ser uma ótima maneira de tornar a prática mais animada. Além disso, você pode usar papéis diferentes, como papel pardo ou papel colorido, para deixar a atividade mais divertida.
  5. Incentive a criatividade: a caligrafia pode ser uma forma de expressão artística, então incentive as crianças a serem criativas e a experimentarem diferentes estilos e técnicas. Você pode incentivá-las a criar seus próprios estilos de escrita e deixá-las escolherem as cores que desejam usar.
  6. Use jogos e atividades: jogos e atividades podem ser uma ótima maneira de tornar a prática de caligrafia mais divertida. Você pode criar jogos como “quem consegue escrever mais rápido” ou atividades como escrever cartas para amigos e familiares.

Dicas para os pais

Ensinar caligrafia para crianças pode ser uma atividade enriquecedora e divertida para os pais e filhos. Aqui estão algumas dicas para tornar a experiência ainda melhor:

  • Não seja crítico: lembre-se de que a caligrafia é uma habilidade que leva tempo para ser dominada. Não seja crítico com as crianças se elas cometerem erros ou se tiverem dificuldades em escrever. Em vez disso, incentive-as e elogie seu esforço.
  • Seja paciente: como mencionado anteriormente, a caligrafia é uma habilidade que leva tempo para ser dominada. Seja paciente com as crianças e não tenha pressa para que elas aprendam.
  • Torne a atividade divertida: tente tornar a prática de caligrafia divertida e envolvente para as crianças. Use jogos, atividades e ferramentas divertidas para tornar a experiência mais animada.

Perguntas Frequentes

  1. A partir de que idade é possível ensinar caligrafia para crianças? R: É possível começar a ensinar caligrafia para crianças a partir dos 4 ou 5 anos de idade.
  2. Como posso incentivar meu filho a praticar caligrafia? R: Você pode incentivar seu filho a praticar caligrafia tornando a atividade divertida e envolvente. Use ferramentas coloridas, jogos e atividades para tornar a prática mais animada.
  3. Existe algum benefício em escrever à mão em vez de digitar? R: Sim, escrever à mão pode ajudar no desenvolvimento motor, na comunicação e no aprendizado das crianças.

Conclusão

Ensinar caligrafia para crianças pode ser uma atividade enriquecedora e divertida. A caligrafia pode ajudar no desenvolvimento motor, na comunicação e no aprendizado das crianças. Use modelos, ferramentas divertidas e jogos para tornar a prática mais animada e incentive a criatividade das crianças. Lembre-se de ser paciente e não ser crítico

com as crianças, pois a caligrafia é uma habilidade que leva tempo para ser dominada.

Os pais podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento da caligrafia das crianças, incentivando-as e tornando a prática mais divertida e envolvente. Além disso, escrever à mão pode trazer benefícios para o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças, o que reforça ainda mais a importância da caligrafia como uma habilidade valiosa a ser ensinada desde cedo.

Esperamos que essas dicas e informações tenham sido úteis para você e que você possa colocá-las em prática ao ensinar caligrafia para as crianças. Lembre-se de que a prática constante é a chave para aperfeiçoar a habilidade, então incentive seus filhos a praticar regularmente e, acima de tudo, faça dessa atividade uma experiência divertida e gratificante para todos.

Caligrafia para crianças pode ser um desafio, mas também pode ser uma atividade prazerosa e gratificante tanto para as crianças quanto para os pais. Comece aos poucos, com exercícios simples e modelos, e vá aumentando a dificuldade conforme a criança avança na prática. Com dedicação e paciência, você verá que ensinar caligrafia para crianças pode ser uma das atividades mais recompensadoras que você pode fazer com seus filhos.

Descubra a história e a importância deste estilo de escrita.

O que é letra cursiva? Descubra a história e a importância deste estilo de escrita.

A letra cursiva é um estilo de escrita que tem uma longa história e é fundamental para a educação das crianças. Neste artigo, vamos explorar a origem e a sua importância no mundo moderno.

A escrita cursiva é um estilo de escrita que é conhecido por sua elegância e fluidez. Também conhecida como escrita à mão, é uma forma de escrever letras em que as letras são unidas entre si. A letra cursiva é uma habilidade fundamental que as crianças aprendem na escola, e é considerada uma habilidade importante para a vida adulta.

história da letra cursiva

A história da escrita cursiva remonta ao século X, quando os monges medievais desenvolveram um estilo de escrita que era mais rápido e eficiente do que a escrita em blocos que era usada anteriormente. Esse estilo de escrita se espalhou pela Europa e acabou se tornando o estilo padrão de escrita à mão.

Na era moderna, a letra cursiva continua sendo uma habilidade importante. Embora muitos documentos sejam agora digitais, ainda há muitas ocasiões em que a escrita à mão é necessária. Por exemplo, muitas escolas exigem que os alunos escrevam seus exames à mão, e muitas empresas ainda exigem que seus funcionários escrevam relatórios à mão.

Além disso, estudos mostram que a escrita à mão pode ter benefícios para a saúde mental, como melhorar a memória e a criatividade. A letra cursiva também pode ajudar a melhorar a coordenação olho-mão e a destreza.

Embora a escrita cursiva seja importante, ela está se tornando cada vez menos comum em muitas partes do mundo. Muitas escolas estão eliminando o ensino da escrita cursiva em favor de outras habilidades, como digitação. No entanto, é importante lembrar que a letra cursiva tem uma longa história e é fundamental para a educação das crianças.

Em resumo, a letra cursiva é um estilo de escrita que tem uma longa história e é fundamental para a educação das crianças. Embora esteja se tornando menos comum em muitas partes do mundo, ainda é uma habilidade importante para a vida adulta e pode ter benefícios para a saúde mental. Se você não aprendeu a letra cursiva na escola, pode ser uma habilidade valiosa para aprender por conta própria.

Método Cursiva Intensiva

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Consciência fonológica: desenvolvimento e sua importância para o processo de alfabetização

Consciência fonológica é um conjunto de habilidades que envolvem desde a percepção global do tamanho da palavra e semelhanças fonológicas até a segmentação e manipulação de sílabas e fonemas. Ela faz parte do processamento fonológico, que se refere às operações mentais de processamento de informação baseadas na estrutura fonológica da linguagem oral. O desenvolvimento da consciência fonológica é gradual e ocorre à medida que a criança vai tomando consciência do sistema sonoro da língua, ou seja, de palavras, sílabas e fonemas como unidades identificáveis.

Para que a consciência fonêmica se desenvolva, é necessária a introdução formal a um sistema de escrita alfabético, visto que a precedência da consciência suprafonêmica em relação à consciência fonêmica se dá pelo fato de que sílabas isoladas são manifestadas como unidades discretas da fala, enquanto isso não ocorre com os fonemas. Dessa forma, as instruções para o desenvolvimento da habilidade de manipular os sons da fala devem ser realizadas de modo a tornar explícito à criança essas correspondências.

Existem três estratégias básicas para se lidar com a palavra escrita: a logográfica, alfabética e ortográfica. A rota fonológica, que se desenvolve com a estratégia alfabética, é essencial para a leitura e a escrita competentes, pois faz uso de um sistema gerativo que converte a ortografia em fonologia e vice-versa. Isso permite que a criança leia e escreva qualquer palavra nova, apesar de cometer erros em palavras irregulares. A geratividade, característica das ortografias alfabéticas, permite a autoaprendizagem pela criança.

O Relatório Francês “Aprender a Ler” indica que à medida que a criança inicia o processo de aprendizado da leitura por decodificação grafo-fonêmica e passa a encontrar as mesmas palavras escritas, aos poucos vai construindo um léxico mental ortográfico. Desse modo, fica evidente que o desenvolvimento da consciência fonológica é fundamental para o processo de alfabetização e, consequentemente, para o desenvolvimento da habilidade de leitura e escrita.

FAQ – Desenvolvimento da Consciência Fonológica e sua Importância para o Processo de Alfabetização

  1. O que é consciência fonológica? Consciência fonológica é um conjunto de habilidades que envolvem desde a percepção global do tamanho das palavras até a segmentação e manipulação de sílabas e fonemas na linguagem oral.
  2. Qual a importância da consciência fonológica para a alfabetização? A consciência fonológica é um fator determinante para o processo de alfabetização, pois é a partir dela que a criança desenvolve a capacidade de relacionar os sons da fala com as letras escritas e de compreender as regras da ortografia.
  3. Como a consciência fonológica se desenvolve? A consciência fonológica se desenvolve gradualmente à medida que a criança vai tomando consciência do sistema sonoro da língua, ou seja, de palavras, sílabas e fonemas como unidades identificáveis. O desenvolvimento da consciência fonêmica necessita da introdução formal a um sistema de escrita alfabético.
  4. Quais são as estratégias básicas para lidar com a palavra escrita? De acordo com Frith (1985), há três estratégias básicas para lidar com a palavra escrita: logográfica, alfabética e ortográfica.
  5. Qual a importância da rota fonológica para a leitura e escrita competentes? A rota fonológica, que se desenvolve com a estratégia alfabética, é essencial para a leitura e a escrita competentes, pois faz uso de um sistema gerativo que converte a ortografia em fonologia e vice-versa, permitindo à criança ler e escrever qualquer palavra nova.
  6. Como a criança pode aprender de forma autônoma a ler e escrever novas palavras? A geratividade, característica das ortografias alfabéticas, permite a autoaprendizagem pela criança, pois ao encontrar um novo item a criança poderá fazer leitura/escrita por (de)codificação fonológica. Esse processo contribuirá para a criação de uma representação ortográfica do item que posteriormente poderá ser lido pela rota lexical.
  7. Quais as implicações da consciência fonológica para a prática educativa? É fundamental que as instruções para o desenvolvimento da habilidade de manipular os sons da fala e de converter esses sons em escrita e vice-versa sejam realizadas de modo a tornar explícito à criança essas correspondências. Além disso, é importante que os professores conheçam e utilizem estratégias pedagógicas que favoreçam o desenvolvimento da consciência fonológica dos alunos.

 

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O que é letra cursiva?

Se você está interessado em melhorar sua escrita e quer aprender a escrever com uma letra cursiva bonita e legível, você veio ao lugar certo. Neste artigo, vamos explorar o que é a letra cursiva, por que é importante, como aprendê-la e como praticá-la.

O que é a letra cursiva?

A letra cursiva é um estilo de escrita em que as letras são conectadas umas às outras, formando palavras inteiras sem levantar a caneta do papel. Também é conhecida como letra manuscrita ou letra de mão. A letra cursiva é frequentemente usada em cartas pessoais, convites de casamento e outros tipos de correspondência formal.

Por que a letra cursiva é importante?

Embora a escrita à mão tenha sido substituída em grande parte pela digitação, ainda é uma habilidade valiosa. Aprender a escrever com uma letra cursiva bonita e legível pode melhorar a sua escrita, aumentar a sua eficiência ao tomar notas e até mesmo melhorar a sua memória. A escrita à mão também é uma forma de expressão pessoal e pode ser usada para criar artes visuais impressionantes.

Como aprender a letra cursiva?

Aprender a escrever com uma letra cursiva bonita e legível não é difícil, mas requer prática. Aqui estão alguns passos que você pode seguir:

1. Escolha um estilo de letra cursiva

Existem vários estilos de letra cursiva, como a cursiva inglesa, a cursiva francesa e a cursiva italiana. É importante escolher um estilo que você goste e que seja fácil de ler.

2. Compre materiais de escrita de qualidade

Comprar materiais de escrita de qualidade, como canetas de ponta fina e papel de boa qualidade, pode fazer uma grande diferença na aparência da sua escrita.

3. Pratique os traços básicos

Antes de começar a escrever palavras, é importante praticar os traços básicos que compõem as letras. Pratique traçar linhas retas e curvas, assim como loops e conexões.

4. Pratique as letras individualmente

Depois de dominar os traços básicos, é hora de começar a praticar as letras individualmente. Comece com as letras maiúsculas e, em seguida, passe para as minúsculas.

5. Pratique escrever palavras

Depois de dominar as letras individualmente, é hora de começar a escrever palavras. Comece com palavras simples e, em seguida, passe para frases e parágrafos mais complexos.

6. Pratique regularmente

A chave para dominar a letra cursiva é a prática regular. Dedique algum tempo todos os dias para praticar sua escrita.

Como praticar a letra cursiva?

Aqui estão algumas dicas para praticar a letra cursiva:

1. Pratique regularmente

Como mencionado anteriormente, a prática regular é a chave para dominar a letra cursiva.

2. Escreva devagar e com cuidado

Ao praticar a letra cursiva, é importante escrever devagar e com cuidado para garantir que cada letra seja clara e legível.

3. Use modelos de escrita

Usar modelos de escrita pode ajudá-lo a praticar a letra cursiva e a melhorar sua técnica. Encontre modelos de escrita online ou faça seus próprios.

4. Pratique a partir de fontes variadas

Pratique a partir de fontes variadas, como livros, revistas e artigos na internet, para se acostumar a escrever em diferentes estilos e tamanhos de letras.

5. Experimente diferentes tipos de papel e canetas

Experimente diferentes tipos de papel e canetas para descobrir quais funcionam melhor para a sua escrita.

Dicas para escrever com uma letra cursiva bonita e legível

Aqui estão algumas dicas para ajudá-lo a escrever com uma letra cursiva bonita e legível:

1. Mantenha a postura correta

Mantenha uma postura correta ao escrever para ajudar a evitar dores nas costas e nos braços.

2. Escreva com uma pressão consistente

Escreva com uma pressão consistente para garantir que cada letra seja clara e legível.

3. Mantenha as letras espaçadas e uniformes

Mantenha as letras espaçadas e uniformes para uma aparência limpa e organizada.

4. Use conexões suaves

Use conexões suaves entre as letras para uma aparência mais fluída e bonita.

5. Pratique regularmente

Praticar regularmente é a chave para manter uma escrita bonita e legível.

Conclusão

A escrita cursiva é uma habilidade valiosa que pode melhorar sua escrita, aumentar sua eficiência ao tomar notas e até mesmo melhorar sua memória. Aprender a escrever com uma escrita cursiva bonita e legível não é difícil, mas requer prática regular. Com os materiais certos e as dicas corretas, você pode dominar a letra cursiva e aproveitar seus benefícios.

FAQs

  1. Qual é o estilo de letra  mais fácil de aprender? R: O estilo de  cursiva mais fácil de aprender varia de pessoa para pessoa. É importante experimentar diferentes estilos e escolher aquele que você se sinta mais confortável.
  2. A escrita cursiva ainda é importante na era digital? R: Sim, a escrita cursiva ainda é importante na era digital, pois é uma habilidade valiosa que pode melhorar sua escrita, aumentar sua eficiência ao tomar notas e até mesmo melhorar sua memória.
  3. Quais são os benefícios de escrever à mão em vez de digitar? R: Alguns dos benefícios de escrever à mão em vez de digitar incluem melhorar a memória, aumentar a criatividade e melhorar a eficiência ao tomar notas.
  4. Como posso praticar a escrita manual se não tenho materiais de escrita de qualidade? R: Você pode praticar a escrita manual com qualquer material de escrita que tiver à disposição, mas materiais de qualidade podem fazer uma diferença significativa na aparência da sua escrita.
  5. Quanto tempo leva para aprender a escrever com uma letra  bonita e legível?

R: O tempo que leva para aprender a escrever com uma escrita cursiva bonita e legível varia de pessoa para pessoa, mas a prática regular é a chave para dominar a escrita cursiva. Com dedicação e prática, você pode ver melhorias significativas na sua escrita em questão de semanas ou meses.

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Neurociência do aprendizado: CLUBE DO PSICOPEDAGOGO E NEUROPSICOPEDAGOGO

Neste guia, apresentaremos uma visão geral da neurociência do aprendizado e como ela pode ser aplicada na prática para melhorar o processo de aprendizado de crianças e adultos. Como psicopedagogos e neuropsicopedagogos, sabemos que cada indivíduo é único em sua maneira de aprender e que a compreensão dos processos cognitivos é fundamental para a efetividade do processo de ensino.

A neurociência do aprendizado

A neurociência do aprendizado é uma área de pesquisa que tem como objetivo compreender como o cérebro humano processa informações e como isso afeta o comportamento de aprendizagem. Com essa compreensão, podemos identificar e aplicar estratégias que promovem uma aprendizagem mais eficiente e duradoura.

Para começar, é importante compreender a estrutura do cérebro e como ele processa informações. O cérebro humano é composto por bilhões de células cerebrais, chamadas neurônios, que se comunicam entre si por meio de sinapses. Quando uma pessoa é exposta a novas informações, como uma palavra, por exemplo, os neurônios do cérebro são ativados e começam a formar novas conexões sinápticas.

Essas conexões sinápticas são reforçadas quando as informações são repetidas ou aplicadas em situações do mundo real, o que resulta em um processo de aprendizado mais eficiente. Por outro lado, quando as informações não são repetidas ou aplicadas, as conexões sinápticas são enfraquecidas e a informação é esquecida.

A neurociência do aprendizado também nos ajuda a entender a importância do ambiente de aprendizagem. Pesquisas mostram que um ambiente positivo e desafiador pode promover uma aprendizagem mais eficaz. Por exemplo, um ambiente de sala de aula onde os alunos são encorajados a se comunicar e colaborar uns com os outros pode ajudar a promover um aprendizado mais eficiente do que um ambiente onde os alunos são desencorajados a falar uns com os outros.

Outro fator importante na neurociência do aprendizado é o papel das emoções. Estudos mostram que emoções positivas, como interesse e entusiasmo, podem ajudar a promover um aprendizado mais eficiente, enquanto emoções negativas, como medo e estresse, podem inibir o processo de aprendizagem.

Em resumo, a neurociência do aprendizado nos fornece uma compreensão profunda de como o cérebro humano processa informações e como isso afeta o processo de aprendizagem. Ao aplicar estratégias baseadas na neurociência do aprendizado, podemos promover um aprendizado mais eficiente e duradouro. Como psicopedagogos e neuropsicopedagogos, é nosso dever estar atualizados sobre as pesquisas mais recentes nesta área e aplicá-las na prática para melhorar o processo de aprendizado de nossos alunos.

Além disso, é importante destacar que a neurociência do aprendizado não é apenas relevante para a educação infantil, mas também para adultos. À medida que envelhecemos, nosso cérebro passa por mudanças significativas, o que pode afetar nosso processo de aprendizagem. Compreender essas mudanças e adaptar as estratégias de ensino pode ajudar adultos a aprender com mais eficiência e eficácia.

Outro ponto importante é a individualidade de cada aluno. Cada indivíduo tem uma maneira única de aprender e a aplicação de estratégias personalizadas pode ajudar a promover um aprendizado mais eficiente e duradouro. Por exemplo, alguns alunos aprendem melhor por meio de atividades práticas, enquanto outros aprendem melhor por meio de discussões e debates em grupo.

A aplicação da neurociência do aprendizado na prática pode ser feita por meio de diferentes estratégias. Algumas delas incluem a utilização de tecnologia educacional, como aplicativos de aprendizado, jogos educativos e plataformas de ensino online, que podem ajudar a tornar o aprendizado mais interativo e envolvente.

Além disso, a incorporação de atividades físicas e artísticas pode ajudar a promover um aprendizado mais eficiente, pois essas atividades podem ajudar a estimular diferentes áreas do cérebro e promover a criatividade.

A neurociência do aprendizado é uma área de pesquisa importante que pode ajudar a melhorar o processo de aprendizado de crianças e adultos. Compreender como o cérebro humano processa informações e aplicar estratégias personalizadas pode ajudar a promover um aprendizado mais eficiente e duradouro. Como psicopedagogos e neuropsicopedagogos, é nosso papel estar atualizados sobre as pesquisas mais recentes nesta área e aplicá-las na prática para melhorar o processo de aprendizado de nossos alunos.

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