Consciência fonológica é um conjunto de habilidades que envolvem desde a percepção global do tamanho da palavra e semelhanças fonológicas até a segmentação e manipulação de sílabas e fonemas. Ela faz parte do processamento fonológico, que se refere às operações mentais de processamento de informação baseadas na estrutura fonológica da linguagem oral. O desenvolvimento da consciência fonológica é gradual e ocorre à medida que a criança vai tomando consciência do sistema sonoro da língua, ou seja, de palavras, sílabas e fonemas como unidades identificáveis.
Para que a consciência fonêmica se desenvolva, é necessária a introdução formal a um sistema de escrita alfabético, visto que a precedência da consciência suprafonêmica em relação à consciência fonêmica se dá pelo fato de que sílabas isoladas são manifestadas como unidades discretas da fala, enquanto isso não ocorre com os fonemas. Dessa forma, as instruções para o desenvolvimento da habilidade de manipular os sons da fala devem ser realizadas de modo a tornar explícito à criança essas correspondências.
Existem três estratégias básicas para se lidar com a palavra escrita: a logográfica, alfabética e ortográfica. A rota fonológica, que se desenvolve com a estratégia alfabética, é essencial para a leitura e a escrita competentes, pois faz uso de um sistema gerativo que converte a ortografia em fonologia e vice-versa. Isso permite que a criança leia e escreva qualquer palavra nova, apesar de cometer erros em palavras irregulares. A geratividade, característica das ortografias alfabéticas, permite a autoaprendizagem pela criança.
O Relatório Francês “Aprender a Ler” indica que à medida que a criança inicia o processo de aprendizado da leitura por decodificação grafo-fonêmica e passa a encontrar as mesmas palavras escritas, aos poucos vai construindo um léxico mental ortográfico. Desse modo, fica evidente que o desenvolvimento da consciência fonológica é fundamental para o processo de alfabetização e, consequentemente, para o desenvolvimento da habilidade de leitura e escrita.
FAQ – Desenvolvimento da Consciência Fonológica e sua Importância para o Processo de Alfabetização
O que é consciência fonológica? Consciência fonológica é um conjunto de habilidades que envolvem desde a percepção global do tamanho das palavras até a segmentação e manipulação de sílabas e fonemas na linguagem oral.
Qual a importância da consciência fonológica para a alfabetização? A consciência fonológica é um fator determinante para o processo de alfabetização, pois é a partir dela que a criança desenvolve a capacidade de relacionar os sons da fala com as letras escritas e de compreender as regras da ortografia.
Como a consciência fonológica se desenvolve? A consciência fonológica se desenvolve gradualmente à medida que a criança vai tomando consciência do sistema sonoro da língua, ou seja, de palavras, sílabas e fonemas como unidades identificáveis. O desenvolvimento da consciência fonêmica necessita da introdução formal a um sistema de escrita alfabético.
Quais são as estratégias básicas para lidar com a palavra escrita? De acordo com Frith (1985), há três estratégias básicas para lidar com a palavra escrita: logográfica, alfabética e ortográfica.
Qual a importância da rota fonológica para a leitura e escrita competentes? A rota fonológica, que se desenvolve com a estratégia alfabética, é essencial para a leitura e a escrita competentes, pois faz uso de um sistema gerativo que converte a ortografia em fonologia e vice-versa, permitindo à criança ler e escrever qualquer palavra nova.
Como a criança pode aprender de forma autônoma a ler e escrever novas palavras? A geratividade, característica das ortografias alfabéticas, permite a autoaprendizagem pela criança, pois ao encontrar um novo item a criança poderá fazer leitura/escrita por (de)codificação fonológica. Esse processo contribuirá para a criação de uma representação ortográfica do item que posteriormente poderá ser lido pela rota lexical.
Quais as implicações da consciência fonológica para a prática educativa? É fundamental que as instruções para o desenvolvimento da habilidade de manipular os sons da fala e de converter esses sons em escrita e vice-versa sejam realizadas de modo a tornar explícito à criança essas correspondências. Além disso, é importante que os professores conheçam e utilizem estratégias pedagógicas que favoreçam o desenvolvimento da consciência fonológica dos alunos.
Antes de ensinar seu filho a ler é preciso entender alguns conceitos.
Quantas vezes você já deve ter ouvido falar sobre fonemas, consciência fonológica, consciência fonêmica ou fonética?
Isso nos causa uma confusão tremenda, não é verdade?
Sobre o que vamos falar neste artigo?
Em resumo, vamos dar uma pincelada nos termos referentes à Consciência Fonológica e;
Fazer uma análise rápida para tentar entender por que, de acordo com a Avaliação Nacional da Alfabetização-ANA, 56% dos alunos que concluíram a alfabetização não sabem ler.
É vital que você saiba e entenda que a consciência fonológica e a consciência fonêmica são os pilares para o sucesso da leitura.
O termo Consciência fonológica abrange todos os tipos de consciência dos sons que compõem o sistema de certa língua, é composta por diferentes níveis: a consciência fonêmica, a consciência silábica, e a consciência intrassilábica.
O termo consciência fonêmica costuma ser usado quando se refere ao nível do fonema, e consciência fonológica é usado quando se trata de um nível mais abrangente.
Antes de ler este artigo vale ressaltar mais uma distinção, desta vez entre fonema e fone.
Um fonema em uma língua é uma abstração, faz parte do sistema fonológico que está na mente dos falantes.
Nunca se realiza porque não é pronunciado. A produção dos falantes são os fones da língua, o fone é algo concreto realizado em um momento real por um falante.
Sempre que for tratar da pronúncia de som usa-se o termo fone, porém, para facilitar o entendimento e não confundir as crianças usa-se som.
O que é Consciência fonológica?
Em resumo, Consciência Fonológica é a capacidade de ouvir e manipular estruturas sonoras dentro de palavras.
Então, aqui estão algumas definições e diferenças entre estes termos:
A consciência fonológica refere-se ao desenvolvimento de diferentes componentes fonológicos da língua falada (Lane & Pullen, 2004, p.6)[1].
Os alunos que têm um alto nível de consciência fonológica reconhecem facilmente palavras que rimam, reconhecem as barreiras silábicas em padrões de palavras.
As habilidades de consciência fonológica estão diretamente relacionadas ao sucesso (fluência) na leitura. Não é de se surpreender que leitores pobres em consciência fonológica concluam a alfabetização sem saberem ler, ou se o fazem, esta é fraca e sofrida.
As habilidades de consciência fonológica incluem:
Rima –
Palavras com terminações semelhantes – compreende a Capacidade de identificar ou repetir a sílaba ou fonema na posição final das palavras – as palavras rimam quando há semelhanças entre os sons desde a vogal ou ditongo tônico, até o último fonema da palavra, podendo abranger a rima da sílaba, a sílaba inteira ou mais do que uma sílaba. – (Nascimento, 2009[2]; Schuele & Boudreau, 2008[3])
Aliteração
Habilidade de identificar ou repetir sílabas ou fonemas na posição inicial de palavras.
Consciência Silábica –
Reflete-se na capacidade de realizar atividades de segmentação, aliteração, síntese e manipulação de sílabas.
Consciência fonêmica é uma parte da consciência fonológica.
Consciência fonêmica lida com o fonema.
Consciência fonêmica é a capacidade de ouvir e manipular sons foneticamente.
Consciência fonêmica refere-se ao conhecimento sobre um fonema e a capacidade de o indivíduo identificar (atividades de análise), juntar (atividades de síntese), e manipular sons individuais em palavras.
Sabemos que um fonema é apenas uma abstração na nossa mente, é apenas um som, um padrão articulatório.
Existem 31 fonemas no português que usamos para combinarmos em sílabas e formar palavras quando falamos.
Enquanto o fonema é apenas um som e é o menor nível de produção da fala, na leitura ele é o mais alto nível de habilidades fonológicas. A criança o desenvolve depois de aprender a manipular palavras e sílabas.
Crianças com baixo nível de consciência fonêmica terão problemas para aprender fonética e decodificação (leitura), especialmente quando for preciso soar e misturar letras para formas novas palavras.
As habilidades de consciência fonêmica incluem:
Isolamento do fonema – início, meio e fim;
Síntese fonêmica – juntar os sons para formar novas palavras
Segmentação ou análise fonêmica – quando é dada uma determinada palavra falada, a criança é capaz de segmentá-la em fonemas individuais;
Manipulação de fonemas – a habilidade de manipular um fonema para formar uma nova palavra em uma família de palavras.
É o ramo da linguística que estuda a natureza física da produção e percepção dos sons da fala humana, na sua realização concreta (articulação, características físicas e percepção), refere-se à associação da relação letra-som e os padrões de letras para soletrar palavras (Snow, Burns e Griffin, 1998 p.51)[5] .
Refere-se ao uso do código (relações de som-símbolo para reconhecer palavras).
Assume-se que o aluno já adquiriu consciência fonêmica e que já conhece o princípio alfabético, que já entende que há uma relação consistente entre símbolos de letras e sons de letras.
O método fônico
O método fônico é o método de ensino da leitura que tem como base a relação entre letra e som. Não se pode aprender a ler de forma eficaz sem uma compreensão da relação entre as letras e os sons das letras e, como eles se conectam para formar as palavras que vemos no texto impresso.
Esta é uma das principais razões pelas quais os programas desprovidos de instruções fonológicos (métodos globais) produzem resultados de leitura ruins, eis por que qualquer programa de leitura bom deve incluir fonética como um componente chave da aprendizagem.
O conhecimento do som das letras e das relações entre o som é essencial para dominar a mecânica da leitura.
Todas essas habilidades são construídas sobre uma base sólida da linguagem oral. Métodos fônicos não devem se referir apenas à fonética, a relação letra/som. É preciso trabalhar gradualmente todas as habilidades de consciência fonológica e fonêmica.
Eu não aplico aos meus filhos apenas um monte de exercício de fonética. Aqui todo dia é dia de leitura partilhada, é dia de ler livros, textos, poesias, clássicos e parlendas.
Fazendo uso de atividades de consciência fonológica, tira-se a fônica do campo do treinamento puramente mecânico, tornando o aprendizado mais simples e interessante para as crianças.
O que tento levar para você aqui no blog é me dedicar ao uso do método fônico e como se aprende a ler, e à medida que você navega nos artigos do site espero que possamos aprender juntos que o uso da fonética é o principal meio para se aprender a ler.
E se você chegou até aqui é bom que esteja convencido de seus méritos, que você também consegue alfabetizar crianças por meio do método fônico com o uso da fonética e das habilidades de consciência fonológica.
Compartilho com você a ideia de que o método fônico é o meio mais efetivo de ensinar qualquer um a ler – com base em experiências, pesquisas e evidências científicas.
Muito antes de a criança ter qualquer tipo de compreensão do princípio alfabético, as crianças devem entender que aqueles sons associados às letras são precisamente os mesmos sons da fala. [6]
Por que a Consciência fonológica é tão importante?
Segundo Calfee, Lindamood & Lindamood, 1973: A capacidade da criança para entender e manipular fonemas está fortemente correlacionada com o seu sucesso de leitura no final de sua escolaridade.
Habilidades de consciência fonológica é a base para a leitura. Sem essas habilidades importantes uma potencial dificuldade de leitura pode surgir nos primeiros anos de escolaridade.
“O nível de consciência fonêmica que as crianças possuem no início das primeiras instruções de leitura e seu reconhecimento das letras são os dois melhores preditores de quão bem elas aprenderão a ler durante os dois primeiros anos de ensino formal da leitura.” (Adams, Foorman, Lundberg, & Beeler: 1998).
E você deve-se perguntar: o que eu tenho a ver com isso?
Você sabia que desde 2013 é feita a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA)?
Está é uma avaliação externa que objetiva aferir os níveis de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática dos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas públicas.
A Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) categoriza os estudantes em quatro níveis de alfabetização, sendo apenas o nível 1 considerado inadequado pelo MEC. Alguns especialistas julgam que o nível 2 também não deveria ser considerado suficiente para declarar uma criança alfabetizada. [7]
Inês Kisil Miskalo, gerente executiva de gestão de políticas de aprendizagem do Instituto Ayrton Senna, é ainda mais enfática, afirmando que somente o nível 4 deveria ser considerado como adequado em tudo, para ela estas crianças estão indo paro o 4º ano sem estarem plenamente alfabetizadas.
Na avaliação de 2014, o desempenho em leitura da maioria dos alunos (56%) ficou nos dois piores níveis, dentre quatro, significando que eles não conseguem localizar informação explícita em textos de maior extensão e identificar a quem se refere um pronome pessoal[8].
Magda Soares afirma que o nível 2 não é suficiente. “É indiscutível que o nível 1 mal se aproxima do que se poderia considerar uma criança alfabetizada. Mas eu tenderia a considerar que também o nível 2 está ainda distante do que se poderia considerar uma criança alfabetizada, e concordaria com os níveis 3 e 4, na leitura, 3, 4 e 5 na escrita”.
Os dados acima mostram que ao fim do 3º ano do Fundamental, 22% dos alunos se encontram no nível 1; 34% no 2; 33% no 3 e apenas 11% no nível mais avançado. Portanto, os resultados ainda estão distantes da meta de alfabetizar todas as crianças até, no máximo, o 3º ano.
Podemos observar que 22,21% das crianças, no final do ciclo de alfabetização só desenvolveram a capacidade de ler palavras isoladas.
A taxa do nível mais alto, o Nível 5, revela que apenas 9,88% das crianças já’ escrevem de acordo com o que se espera ao fim do ciclo de alfabetização.
No nível 1 da escrita estão os estudantes que não conseguiram escrever, deixaram em branco ou tentaram imitar a escrita com desenhos.[10]
O nível 4, que apresenta o maior número de estudantes é aquele em que a aquisição do texto começa a se dar, mostrando o esforço de síntese das ideias por meio de texto, mas ainda com inadequações.
No nível 5, temos os estudantes que escreveram textos adequados ao final do ciclo de alfabetização, com poucos desvios, mas, característicos desta fase de aquisição das habilidades de escrita.
Podemos considerar que apenas 9,88% possuem uma escrita adequada.
O mais dramático é que você encontra neste universo crianças com 9 ou 10 anos que ainda não sabem ler.
E esta realidade é confirmada nos e-mails que recebo semanalmente de pais e professores, o que reafirma que esta não é uma realidade abstrata, apenas representada pelos gráficos acima, meus leitores sentem isso nas salas de aula e em casa.
Com base nestes resultados de pesquisas semelhantes, é vital que pais e educadores entendam que, tanto as habilidades de consciência fonológica quanto fonêmica, sejam desenvolvidas na primeira infância. É necessário que essas habilidades sejam explicitamente avaliadas no final da pré-escola, no primeiro ano de escolaridade formal e novamente no segundo ano.
Além disso, os professores precisam entender como integrar os currículos de consciência fonológica e fonêmica para seus leitores das classes sociais menos favorecidas.
Mais importante ainda é que os professores tenham acesso a estes recursos para complementarem seus conhecimentos. Essas habilidades precisam ser trabalhadas tanto no final da pré-escola quanto no primeiro ano, pois, é a base para a leitura. Crianças que apresentam dificuldades de leitura, podem se beneficiar de reavaliações e intervenções.
As crianças ao concluir a pré-escola já poderiam ler palavras regulares e pequenos textos se estas habilidades de consciência fonológica e fonêmica forem trabalhadas desde cedo.
Então, se você é um professor, mãe ou pai e está guiando crianças no caminho da leitura, faça-se uma pergunta simples:
Você está trabalhando em seus alunos habilidades de linguagem oral para que toda a sua consciência fonológica, consciência de fonemas e habilidades fonéticas tenham raízes sólidas e possam crescer no desenvolvimento da leitura?
[1] “Lane, H. B., & Pullen, P. C. (2004). A Sound Beginning: Phonological Awareness Assessment and Instruction. USA: Pearson Education, Inc.
[2] “Nascimento, L. C., & Knobel, K. A. (2009). Habilidades Auditivas e Consciência Fonológica: da teoria à prática. São Paulo: Pró-Fono.
[3] “Schuele, C. M., & Boudreau, D. (Janeiro de 2008). Phonological Awareness Intervention: Beyond the basics. Language, Speech and Hearing Services in Schools, pp. 3-20.
[4] fonética in Dicionário infopédia da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2017. [consult. 2017-06-16 18:58:05]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/fonética.
[5] “Reading Assessment and Instruction for All Learners.” Snow, C.E., Burns, M.S., & Griffin, P. (1998). Preventing reading difficulties in young children. Washington, D.C.: National Academy Press.
[6] “Adams, M., Foorman, B., Lundberg, I., & Beeler, T. (1998). Phonemic awareness in young children: A classroom curriculum. Baltimore, MD: Brookes.
O que tem a ver ensinar meu filho a ler e uma Geladeira?
Esses dias passeando pela cidade com meus filhos, Miguel e Rafael.
(Para te falar a verdade eu estava tentando distrair meus filhos enquanto minha querida esposa escolhia alguns produtos em uma loja de produtos de beleza – ela precisa se produzir para o maridão aqui 🙂 – e principalmente para as crianças não ficarem mexendo em tudo e derrubar mais um pote de shampoo como havia acontecido na última visita que fizemos à loja.
Não sei como são suas crianças, mas as nossas querem mexer em tudo, afinal elas estão descobrindo o mundo.
Para nós é muito fácil dizer – não mexa nisso menino!
Não mexa naquilo filho!
Tire sua mão daí abençoado!
Mas, para a criança é muito complicado ver os adultos (mexendo em tudo) pegando os produtos e objetos nas gôndolas de lojas e supermercados e elas ouvirem: tire as mãos disso ou tire as mãos daquilo.
Convenhamos, toda criança é um explorador nato, um pequeno cientista que está descobrindo o mundo.
Não é nada bom para o desenvolvimento da criança ficar dizendo não para tudo, você concorda comigo?
Caso não esteja pondo a vida de ninguém em risco e o prejuízo que poderia causar não passar de alguns reais, assuma os riscos, deixe seu pequeno cientista explorar o mundo.
Bem, eu não estava muito a fim de ver mais um vidro de shampoo no chão, como na última visita à loja, então sai com meus filhos para dar uma volta pelo quarteirão.
De repente me deparei com uma geladeira em um ponto de ônibus!
Perguntei-me, o que uma geladeira estaria fazendo ali?
Neste vídeo é possível ver o que descobrimos e o que aconteceu depois quando a minha esposa me surpreendeu com esta gravação via whatsapp, o vídeo demonstra 2 momentos:
1- Quando descobrimos a geladeira no ponto de ônibus e
2- Quando fui surpreendido com este outro vídeo…
O que é a geladoteca?
Eu não sei bem onde começou esta ideia de usar uma velha geladeira para compartilhar livros, o importante é que livros são compartilhados e menos geladeiras estão indo parar no lixo.
Aqui em nossa cidade o projeto foi implantado pelo SESC, este foi nosso primeiro contato com esta ideia, as crianças amaram.
E eu não precisei ver mais um vidro de shampoo no chão!
As “geladotecas” se popularizam pelo Brasil com o principal objetivo de estimular o hábito da leitura. Talvez como uma das alternativas para reverter o quadro que quero discutir a seguir.
Por que 44% dos brasileiros não gostam de ler ou são considerados não leitores?
Leitor é aquele que leu, inteiro ou em partes, pelo menos 1 livro nos últimos 3 meses.
Não leitor é aquele que declarou não ter lido nenhum livro nos últimos 3 meses, mesmo que tenha lido nos últimos 12 meses.
O que quero dizer com isso?
Talvez muitas crianças e adultos não gostem de ler pelo simples motivo de ninguém nunca ter lido para elas, ou talvez, leram muito pouco em sua infância.
Mas, hoje com a popularização dos livros e dos meios de comunicação isso já não é mais problema. Podemos buscar livros em bibliotecas publicas, em “geladeiras” ou até receber os livros em casa por um baixo custo em clubes de livros.
Se o povo brasileiro não gosta de ler já está mais do que na hora de começar a mudar isso e esta mudança começa em casa.
Se o jovem brasileiro não gosta de ler, será que isso é um problema educacional ou cultural?
O que posso te responder é que a estimulação das crianças a desenvolver o fascínio pelo universo das letras precisa começar ainda muito cedo: o quanto antes possível, melhor.
E se não gostam de ler a culpa não é deles, talvez um dos principais motivos seja porque ninguém leu para elas ou talvez não aprenderam a ler direito.
Pensando neste grande problema eu separei 7 Dicas de leitura partilhada para te ajudar nisso e começar a mudar esta triste realidade ainda hoje, prevenindo que seu filho engrosse as estatísticas de que: brasileiro não gosta de ler.
O que é Leitura Partilhada?
Leitura Partilhada é a partilha do livro no qual o adulto lê e a criança acompanha a leitura de maneira atenta e envolvente. Esta é uma técnica de leitura interativa, a criança observa o que o adulto lê e relaciona a oralidade com os objetos e as palavras escrita que as representam.
No modelo de leitura partilhada geralmente usa-se livros de grandes dimensões (referidos como livro gigante) com impressões e ilustrações ampliadas. Isso não te impede de usar livros de outros tamanhos.
Eu particularmente prefiro usar livros de dimensões variadas, devido ao alto custo e a escassez de livros gigantes em português brasileiro.
Os primeiros anos são cruciais para a criança desenvolver o amor pela leitura ao longo da vida. Os pais são os principais agentes neste processo.
7 Dicas para Aumentar o Vocabulário de Seu Filho e que usei para ensinar meu filho a ler
Nunca é cedo demais para começar a ler para o seu filho!
As dicas a seguir oferecem algumas maneiras divertidas em que você poderá ajudar seu filho a se tornar um leitor feliz e confiante.
Experimente uma nova dica a cada semana.
Dê o seu melhor!
1 – Leia desde cedo e leia muitas vezes.
Leia para seu filho todos os dias. Faça isto abraçando seu filho de maneira amorosa para que ele sinta seu calor, traga ele para bem perto de você.
2 – Nomeie tudo
Construa o vocabulário do seu filho falando sobre objetos e palavras interessantes.
Por exemplo: “Olhe para aquele avião!
Essas são as asas do avião.
Por que você acha que eles são chamados de asas?”
São Chamadas de asas porque se parecem com as asas dos pássaros. (Use sua criatividade)
Peça à criança para apontar o objeto que você está nomeando, procure dar pistas para ela, a informação deve ser dada de maneira sistemática. Até que chegue o dia em que a criança aprenderá a ouvir a sua leitura sem tomar o livro de suas mãos.
3 – Diga o quanto você gosta de ler
Diga ao seu filho o quanto você gosta de ler. Fale sobre “o tempo da história”, começo meio e fim.
Deixe que seu filho te pegue lendo.
Coloque entonação e emoção em sua voz;
Leia para seu filho com humor e expressão. Use vozes diferentes. Entendeu?
4 – Saiba quando parar
No começo pode parecer um pouco difícil conseguir ler um livro com seus filhos, talvez eles tomem o livro de suas mãos para folhear ou fazer de conta que estão lendo.
Neste caso troque ou deixe o livro de lado por algum tempo se a criança perder o interesse ou está tendo problemas para prestar atenção. Se ela não está prestando atenção, mas, continuar próximo a você, continue a leitura.
Para manter a atenção da criança em vez de ler, você poderá apontar as figuras do livro e criar a sua própria leitura sem tomar o livro de suas mãos.
Até a criança adquirir o hábito de apenas ouvir a história, com certeza tomará o livro da suas mãos para manusear e fazer de conta que está lendo, imitando você.
Não se preocupe pegue outro livro para ler.
Mesmo que a criança não esteja prestando atenção na leitura, mas permanecendo a sua volta, seu cérebro estará absorvendo inconscientemente o que está sendo lido.
Lembre-se, o cérebro de uma criança é como uma esponja.
A criança vai querer folhear o livro, ou até fechar, tomá-lo de suas mãos, isto é perfeitamente normal, a criança estará começando a se relacionar com o livro.
5 – Seja interativo
Discutir o que está acontecendo no livro, apontar as coisas na página, e fazer perguntas. Nesta etapa procure, sempre que possível, exigir respostas com sentenças completas, responda você mesmo até a criança aprender a responder corretamente.
A criança deve aprender a responder com uma sentença completa.
Ex: Quem comeu o porquinho?
Quem comeu o porquinho foi o lobo mau.
Você pode ler o livro e formular perguntas e a criança apontar.
Exemplo:
Qual é o leão?
E aguardar que a criança aponte a figura, caso ela encontre dificuldade aponte você mesmo: este é o leão.
6 – Conte outra vez
Vá em frente leia e releia o livro ou conto favorito de seu filho, se preciso leia 100 vezes o mesmo livro!
Esta é uma maneira simples de ajudar seu filho a memorizar poesias, por conta da previsibilidade ele poderá memorizar várias frases e refrões em rimas e parlendas.
7 – Ressalte a impressão do código alfabético em todos os lugares
Fale sobre a escrita também. Fale sobre as palavras escritas que você vê no mundo ao seu redor.
Mencione ao seu filho como lemos da esquerda para a direita e como as palavras são separadas por espaços.
A Leitura partilhada irá contribuir para que a criança adquira conhecimentos importantes na aprendizagem da leitura, a criança já saberá que na nossa cultura se lê da esquerda para a direita e que as palavras são formadas por sequências de letras e separadas por espaços vazios.
Procure sempre que possível correr o dedo sob o texto no sentido da escrita.
Vantagens da Leitura Partilhada
São várias as vantagens da leitura partilhada, mas a principal delas é a aquisição de vocabulário, a exposição aos livros contendo imagens, frases e palavras aumentam a exposição ao vocabulário e conceitos que raramente são usados em conversas do nosso dia a dia.
O PRINCIPAL AGENTE NESSE PROCESSO é a mãe e/ou o pai.
Não se esqueça de ter um tempo de leitura só para você.
As crianças tendem a imitar seus pais, por isso sempre é bom a criança flagrar você lendo, resista à tentação de ligar a televisão ou smartfone e leia um bom livro, quando possível, esta leitura é para você, leia seus livros técnicos, romances etc.
Se a criança não aprender a gostar de livros você já sabe de quem é a culpa.
E-book: As 7 Etapas da Leitura Precoce
Mais detalhes sobre a Leitura partilhada no E-book: As 7 Etapas da Leitura Precoce na nossa área de membros para assinantes.
Novo estudo da Universidade de Stanford (EUA) comprova a eficácia do método fônico na alfabetização de crianças.
Novo estudo da Universidade de Stanford (EUA), uma Universidade de renome internacional, comprova a eficácia do método fônico na alfabetização de crianças e como diferentes métodos de ensino afetam o desenvolvimento da leitura.
O professor Bruce McCandliss[1], descobriu que os aprendizes de leitores que se concentram na relação grafema/fonema (letra/som), ou método fônico, aumentam a atividade cerebral na área destinada à leitura, o lado esquerdo do cérebro, que engloba as regiões visuais e de linguagem (Visual Word Form Area VWFA). Por outro lado, palavras aprendidas através de associação da palavra inteira, método global, mostraram atividade de processamento no hemisfério direito. Em estudos anteriores Dehane já afirmava que os métodos globais usam o lado errado do cérebro.
Os aprendizes que se concentraram na relação grafofonológica, em vez de tentar aprender palavras inteiras, aumentaram a atividade neural na área de seus cérebros com melhor afinidade para leitura, de acordo com a nova pesquisa de Stanford que investigou como o cérebro reage a diferentes tipos de instrução de leitura .
Segundo a pesquisa, leitores que aprendem as relações entre letra e som por meio do método fônico de alfabetização têm melhor avanço na leitura do que quando tentam aprender a identificar palavras inteiras por meio de métodos globais.
Em outras palavras, para melhor desenvolver habilidades de leitura, ensinar os alunos a falar os fonemas que compõem a palavra GATO – exemplo: /g/ /a/ /t/ /o/ – ativam mais circuitos cerebrais ideais do que instruí-los a memorizar a palavra “gato”.
No mesmo estudo descobriu-se que essas diferenças induzidas pelo ensino aparecem mesmo em encontros futuros com a palavra.
O estudo de co-autoria do professor de Stanford, Bruce McCandliss, da Escola de Pós-Graduação em Educação e do Instituto de Neurociências de Stanford, fornece evidências de que uma estratégia de ensino específica para leitura tem impacto direto na atividade neural. A aplicação do método fônico na aquisição da leitura poderia eventualmente levar a intervenções melhor planejadas para ajudar os alunos que estão encontrando dificuldades para aprender a ler.
“Esta pesquisa é emocionante porque eleva a neurociência cognitiva e a conecta a questões que têm um profundo significado na história da pesquisa educacional”, disse McCandliss, que escreveu o estudo com Yuliya Yoncheva, pesquisadora da Universidade de Nova York, e Jessica Wise, graduada estudante da Universidade do Texas em Austin.
As teorias sobre o desenvolvimento da leitura apontam há muito tempo a importância do método fônico, a aplicação de uma base fonética, com instruções grafofonológica para ensinar uma criança a ler, especialmente para alunos adiantados e leitores que lutam para aprender, porém investigar a maneira como os mecanismos cerebrais são influenciados pelas escolhas que um professor faz é um empreendimento bastante recente de acordo com McCandliss.
Neurociência educacional
À medida que o campo da neurociência educacional cresce, no entanto, tanto os pesquisadores do cérebro como os pesquisadores educacionais podem melhorar a compreensão de como as estratégias de instrução podem ser melhor aproveitadas para apoiar as mudanças cerebrais subjacentes ao desenvolvimento da aprendizagem, acrescentou ele.
No estudo, divulgado na revista Brain and Language, os pesquisadores desenvolveram um novo código de linguagem escrita e ensinaram este novo código confrontando o ensino por meio do método fônico, a relação símbolo e som, com um método de associação de palavras inteiras – método global.
Depois de aprender uma lista de palavras em ambas as abordagens, as palavras recém-aprendidas foram apresentadas em um teste de leitura enquanto as ondas cerebrais eram monitoradas. A equipe de McCandliss usou uma técnica de mapeamento cerebral que lhes permitiu capturar respostas cerebrais às novas palavras aprendidas que são literalmente mais rápidas do que um piscar de olhos.
No monitoramento das atividades cerebrais as respostas cerebrais foram muito mais rápidas às novas palavras aprendidas pela influência do método de leitura pela qual foram ensinadas.
As palavras aprendidas através da instrução do método fônico – relação letra/som – provocaram atividade neural em direção ao lado esquerdo do cérebro, que abrange regiões visuais e de linguagem. Em contraste, as palavras aprendidas através da associação de palavras inteiras mostraram maior atividade neural em direção ao processamento do hemisfério direito.
McCandliss observou que este forte envolvimento do hemisfério esquerdo durante o reconhecimento precoce das palavras é uma marca registrada de leitores hábeis, e é deficiente em crianças e adultos com dificuldades de leitura.
Os participantes da pesquisa foram capazes de ler novas palavras que nunca tinham visto antes, desde que seguissem os mesmos padrões de letra e som em que foram ensinados. Em uma fração de segundo, o processo de decifração de uma nova palavra desencadeou os processos do hemisfério esquerdo.
Para McCandliss esse é o circuito do cérebro que se espera ativar nos leitores iniciantes.
Quanto aos outros participantes da pesquisa que foram expostos ao método global – associação de palavras inteiras – o estudo descobriu que eles aprenderam o suficiente para reconhecer essas palavras particulares no teste de leitura, mas os circuitos cerebrais subjacentes diferiram, provocando respostas eletrofisiológicas que eram tendenciosas em direção aos processos do hemisfério direito.
“Essas abordagens de ensino contrastantes provavelmente terão um impacto tão diferente nas respostas iniciais do cérebro, porque eles encorajam o aluno a concentrar sua atenção de maneiras diferentes”, disse McCandliss. “É como mudar as engrenagens da mente – quando você concentra sua atenção em informações diferentes associadas a uma palavra, você amplifica diferentes circuitos cerebrais”.
McCandliss afirma que, enquanto muitos professores agora estão usando o método fônico para ensinar a leitura, alguns podem estar fazendo isso de forma mais eficaz do que outros.
“Se as crianças estão encontrando dificuldades para aprender a ler, mesmo que estejam recebendo instrução fonética, talvez seja por causa da maneira como eles estão sendo convidados a concentrar sua atenção nos sons dentro de palavras faladas e links entre esses sons e as letras dentro de palavras visuais”.
Assim podemos direcionar a atenção para um tamanho de segmentação maior ou menor, e poder impactar positivamente sobre quão bem você aprende, disse ele.
Como aconteceu o monitoramento das ondas cerebrais
O estudo envolveu 16 participantes adultos alfabetizados, no entanto, de acordo com McCandliss, ganhou seu poder estatístico ao ensinar todos os participantes de duas maneiras diferentes, bem como o que um aluno típico pode experimentar ao aprender de diferentes professores ou tentar dominar palavras irregulares que não confronta o mapeamento de letra a som, como “tchau” (no texto original o autor usou a palavra “yacht” por não haver aqui uma correspondência direta entre letra e som).
O novo idioma escrito baseava-se em recursos de linhas que formavam símbolos que representavam diferentes letras de um novo alfabeto. Os símbolos foram unidos para representar uma palavra visual distinta.
Na pesquisa cada participante foi treinado para ler dois conjuntos de palavras de três letras em condições idênticas que proporcionaram a prática de ouvir palavras e palavras faladas correspondentes. A única diferença entre as duas condições de treinamento foi um conjunto de instruções no início que incentivaram os leitores a ler as palavras de duas maneiras.
Uma instrução pedia aos alunos que abordassem a tarefa de aprender cada palavra, escolhendo cada um dos símbolos de três letras e combinando cada um com o som correspondente na palavra falada – focando na relação letra/som – método fônico – O outro focava em instruções globais de palavra inteira – método global – em ensinar a associação entre palavras impressas e faladas inteiras.
Após a conclusão do treinamento, os participantes foram conectados a um eletroencefalograma, ou EEG, para monitorar as ondas cerebrais enquanto faziam um teste de leitura em figuras de palavras que já haviam aprendido. Seguindo o estilo de treinamento de letra e som, os participantes também foram testados em sua capacidade de ler novas palavras compostas pelas mesmas letras.
“Quando olhamos superficialmente, descobrimos que os participantes poderiam aprender a ler sob ambas formas de instrução, mas, a ativação do cérebro mostrou que a aprendizagem aconteceu de maneira muito diferente”, disse McCandliss.
Ele Afirma que os resultados sublinham a ideia de que a forma como um aluno concentra sua atenção durante a aprendizagem da leitura tem um profundo impacto sobre o que é aprendido. Ele também destaca a importância de professores especializados em ajudar as crianças a concentrarem sua atenção precisamente na informação mais útil.
A intervenção precoce e a instrução básica implicaram contra-intuitivamente essa informação auditiva, “pensando mais sobre os sons de diferentes palavras em vez de se concentrar em reconhecer as palavras”, diz McNorgan[2].
Métodos de Alfabetização
Vários outros estudos já comprovaram a eficácia de uma abordagem fônica em relação a outros métodos, especialmente com alunos que apresentam dificuldades de leitura.
Stanislas Dehaene[3], já afirmava que as crianças que aprendem a ler processando primeiro o lado esquerdo do cérebro, ativando as regiões visuais e de linguagem, estabelecem relações imediatas entre letras e seus sons, leem com mais facilidade e entendem mais rapidamente o significado do que estão lendo. Para ele o método global usa o lado errado do cérebro. Quando usam estas metodologias para a alfabetização que seguem a abordagem do método global, no qual a criança primeiro aprende o significado da palavra, sem necessariamente conhecer os símbolos, o lado direito é ativado.
Como já afirmado acima a criança aprenderá a ler, porém, a decodificação dos símbolos terá de chegar ao lado esquerdo para que a leitura seja concluída. É um processo que segue na via contrária ao funcionamento do cérebro. Num certo sentido, pode-se dizer que esse método ensina o lado errado primeiro, disse Stanislas Dehaene.
Apesar de todos estes avanços científicos, ainda prevalecem idéias equivocadas sobre alfabetização, Morais afirma que ainda há uma distância muito grande entre o mundo científico e o mundo da educação.
Para Morais não basta ensinar a relação entre letra e som, antes do primeiro ano deve haver uma preparação para alfabetização, e que ainda na pré-escola estratégias e jogos de consciência fonológica são importantes para que a criança entenda que a escrita representa a fala, e que a representa de uma certa maneira. Podendo fazer tudo isso antes dos 5 ou 6 anos ou até muito antes por meio da leitura partilhada, estabelecendo assim uma relação mais afetiva entre pais e filhos em torno da palavra escrita.
Para concluir, está evidenciado que à medida que aprendemos a ler por meio do método fônico, o cérebro começa a usar mais informações de cima para baixo sobre os sons das combinações de letras para reconhecê-los como partes de palavras, pensando mais sobre os sons de diferentes palavras em vez de se concentrar em reconhecer as palavras.
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[1] “Stanford brain wave study shows how different teaching methods ….” 28 mai. 2015, http://news.stanford.edu/2015/05/28/reading-brain-phonics-052815/. Acessado em 4 set. 2017.
[2] “Concentrating on word sounds helps reading instruction and ….” 26 jan. 2015, http://www.buffalo.edu/news/releases/2015/01/028.html. Acessado em 4 set. 2017.
[3] “Stanislas Dehaene : “A neurociência deve ir para a sala de aula ….” 14 ago. 2012, http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2012/08/stanislas-dehaene-neurociencia-deve-ir-para-sala-de-aula.html. Acessado em 31 ago. 2017.